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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.
Aguarda-se com interesse o embate certo entre Hugo Chávez e George W. Bush, durante a 4ª Cúpula das Américas. Embora 34 chefes de estado participem do encontro, com exceção do dirigente cubano Fidel Castro, serão Chávez e Bush os grandes protagonistas do evento, diz reportagem desta segunda-feira (31/10) do diário americano The Wall Street Journal.
"A popularidade de Chávez tem crescido, apoiada na prosperidade da indústria do petróleo e generosidade governamental na região", diz a reportagem. Recentemente, Chávez prometeu revolucionar a cúpula e afirmou que pedirá aos governantes presentes que mandem a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) para o inferno.
"Chávez gosta de culpar o Tio Sam pela maior parte dos males do mundo e raramente perde uma oportunidade de atacar Bush, que ele apelidou de Mister Danger", diz o Wall Street. "Bush, é claro, tem sua própria visão para a região: livre comércio, reformas orientadas ao mercado e democracia." Na opinião do jornal, Bush precisa ser cauteloso, porque um confronto verbal com Chávez vai beneficiar o líder venezuelano. Além disso, o palco do confronto é a Argentina, o país latino-americano em que o sentimento anti-Estados Unidos é mais estridente.
A reunião em si deve ser perda de tempo, como as três anteriores realizadas, a partir de 1994, em Miami, Santiago do Chile e Québec (Canadá). Os temas e itens de discussão são amplos, genéricos e consensuais, e dizem respeito à criação de empregos para reduzir a pobreza, fortalecer a democracia e desenvolver novos paradigmas éticos. "É difícil ver porque esses temas não possam ser discutidos no contexto das assembléias gerais da Organização dos Estados Americanos (OEA)."