Mundo

Mussul informa que Turquia treina tropas do Iraque contra EI

As forças de Al Nuyaifi treinam no Curdistão iraquiano autônomo, mas não fazem parte das milícias curdas conhecidas como peshmergas


	As forças de Al Nuyaifi treinam no Curdistão iraquiano autônomo, mas não fazem parte das milícias curdas conhecidas como peshmergas
 (Azhar Shallal/AFP)

As forças de Al Nuyaifi treinam no Curdistão iraquiano autônomo, mas não fazem parte das milícias curdas conhecidas como peshmergas (Azhar Shallal/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 11h17.

Istambul - A Turquia já treina milicianos iraquianos sunitas para tomar a cidade de Mossul dos jihadistas do Estado Islâmico (EI), segundo declarou neste domingo o governante da cidade iraquiana, Atil al Nuyaifi, à agência turca "Anadolu".

"Os especialistas militares que vêm da Turquia treinam nossas forças nos acampamentos", explicou Al Nuyaifi, que saiu de Mossul quando a cidade foi dominada pelos jihadistas, em junho, e desde então organiza em Erbil uma milícia local para recuperar a cidade.

As forças de Al Nuyaifi, em parte compostas por ex-policiais, treinam no Curdistão iraquiano autônomo, mas não fazem parte das milícias curdas conhecidas como peshmergas.

"A Turquia desempenha um papel cada dia melhor neste assunto. Agora, vai participar da operação de Mossul dependendo do que for firmado com as forças da coalizão internacional (liderada pelos Estados Unidos)", disse.

No início de março, o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, havia assegurado o apoio da Turquia na reconquista de Mossul, mas "sem participar dos combates corpo a corpo".

O governador ressaltou que entre unidades policiais, soldados iraquianos da região e várias milícias, incluindo a xiita Hached Chaab (Mobilização Popular), as forças antijihadistas na região de Mossul somam cerca de 20 mil pessoas.

A eles se juntam os peshmergas curdos, que apoiarão a operação de reconquista, mas provavelmente não entrarão em Mossul, disse Al Nuyaifi.

O governante criticou a "pouca atenção" do governo central às forças que coordena, ao afirmar que "Bagdá não envia nem armas nem munição, todo o armamento moderno fica para suas próprias tropas". Mesmo assim, pediu que a Turquia enviasse armas às forças de Mossul através do governo central.

Al Nuyaifi não deu uma data certa para a operação, mas disse que "pode ser no mês que vem".

"Não queremos atrasar mais. A operação pode deixar vários deslocados e, para socorrer os que tentam se salvar de Mossul, é melhor que seja antes dos meses de verão, com altas temperaturas", explicou o governante.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstado IslâmicoEuropaExércitoIslamismoTurquia

Mais de Mundo

Venezuela expulsa embaixadores de Argentina, Chile e outros países que questionam vitória de Maduro

Protestos contra reeleição de Maduro são registrados em favelas de Caracas: 'Entregue o poder!'

Eleição na Venezuela: Panamá retira diplomatas em Caracas e põe relações bilaterais 'em suspenso'

Trump aceita ser ouvido como vítima pelo FBI em investigação por atentado que sofreu

Mais na Exame