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Mursi diz que comunicado militar "pode causar confusão"

O presidente egípcio fez a afirmação em referência ao comunicado no qual o Exército lançou um ultimato de 48h às forças políticas para resolver a crise política


	A presidência insistiu que está dando "passos práticos" rumo ao diálogo nacional, e que seguirá fazendo-o "à margem de qualquer comunicado que aprofunde a divisão entre os filhos do Egito"
 ( REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)

A presidência insistiu que está dando "passos práticos" rumo ao diálogo nacional, e que seguirá fazendo-o "à margem de qualquer comunicado que aprofunde a divisão entre os filhos do Egito" ( REUTERS/Amr Abdallah Dalsh)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 22h59.

Cairo - O presidente egípcio, Mohammed Mursi, disse nesta terça-feira (data local) que o comunicado no qual o Exército lançou um ultimato de 48 horas às forças políticas para resolver a crise política no país "pode causar confusão" e deixou claro que não foi consultado em sua elaboração.

Na primeira reação da instituição à advertência da cúpula militar, a presidência afirmou que "algumas frases" do comunicado militar têm "conotações que podem causar confusão".

Mursi também não revisou a mensagem das Forças Armadas antes de sua divulgação, segundo a nota divulgada por seus porta-vozes através do Facebook.

Além disso, a presidência insistiu que está dando "passos práticos" rumo ao diálogo nacional, e que seguirá fazendo-o "à margem de qualquer comunicado que aprofunde a divisão entre os filhos do Egito".

No entanto, a nota divulgada pelos porta-vozes do presidente não esclarece se Mursi acatará o prazo outorgado pelos militares ou se rejeitará cumpri-lo.

"O Egito, junto a todas suas forças, não se permitirá retroceder", destacou o comunicado presidencial, que chega em resposta à advertência do Exército, interpretada por alguns como uma ameaça de golpe de Estado.

Os aliados de Mursi, agrupados na chamada Aliança de Partidos Islamitas, já anunciaram na noite de segunda-feira em entrevista coletiva que qualquer solução à crise "deve respeitar a legitimidade" e convocaram seus seguidores a manifestar-se em todo o país. 

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