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Munique celebra Oktoberfest após dois anos de cancelamento pela pandemia

Festa vai até o dia 3 de outubro; alemães estão entre os maiores consumidores de cerveja do mundo, com 84 litros por habitante em 2021

Oktoberfest volta após dois anos (AFP/AFP)

Oktoberfest volta após dois anos (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 17 de setembro de 2022 às 11h08.

Última atualização em 17 de setembro de 2022 às 13h14.

A Oktoberfest, a famosa festa da cerveja de Munique (sul da Alemanha), começou neste sábado após dois anos de cancelamento do evento devido à pandemia de covid 19.

O retorno da festa acontece em um contexto de cerveja mais cara: a invasão da Ucrânia provocou a disparada dos preços das   commodities agrícolas e da energia, o que obrigou muitas empresas do setor a repassar os custos para o preço da bebida.

Como é tradicional, o prefeito de Munique, Dieter Reiter, iniciou as festividades ao quebrar com um martelo o primeiro barril de cerveja e ofereceu a primeira jarra ao chefe de Estado regional da Baviera, Markus Söder.

A festa prosseguirá até 3 de outubro e nenhuma medida de restrição está prevista, nem o uso de máscara.

A Oktoberfest reunia antes da pandemia mais de cinco milhões de pessoas, um terço delas procedentes do exterior, da Ásia em particular. O evento gera 1,2 bilhão de euros para a economia da região.

O cancelamento em 2020 foi o primeiro desde a Segunda Guerra Mundial. Em 1854 e 1873 o evento não aconteceu devido a epidemias de cólera.

Os alemães estão entre os maiores consumidores de cerveja na Europa, com 84 litros por habitante em 2021.

Na sexta-feira, a Federação Alemã de Cervejarias (DBB) alertou o governo sobre as dificuldades do setor.

"Várias empresas chegaram ao limite para superar os choques provocados pelos aumentos excessivos dos preços do gás, combustível, energia elétrica ou produtos agrícolas. E a tudo isso se somam as crescentes interrupções nas cadeias de suprimentos", afirmou a DBB no em um comunicado.

"O governo deve atuar e não deixar as empresas sozinhas com seus problemas (...) caso não faça isso, centenas de empresas do setor alemão de bebidas vão desaparecer e milhares de trabalhadores ficarão sem emprego", adverte.

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