Segundo o estudo, a África terá o maior crescimento da população (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2011 às 16h55.
Nova York - A população mundial vai superar 10 bilhões de pessoas no início do próximo século, devido ao aumento demográfico causado pelos índices de fertilidade mais altos, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira pela ONU.
O Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas publicou a revisão de seu relatório de 2010 sobre as perspectivas da população mundial, que, dos atuais quase 7 bilhões, passará a ter 10,1 bilhões em 2100, de acordo com as novas estimativas.
Além disso, o decidido crescimento da população será notado já em meados deste século, quando o mundo chegará a ter 9,3 bilhões de habitantes. O estudo indica ainda que a cifra de 7 bilhões será atingida no final deste ano.
Foi o que disse nesta terça-feira, durante a apresentação do relatório, a diretora da Divisão de População da ONU, a mexicana Hania Zlotnik, que não chegou a especificar quando exatamente essa barreira será atingida, mas garantiu que "definitivamente esse número será alcançado neste mesmo ano".
"Trata-se de um grande número, mas o que é excepcional é que pelo menos os últimos 2 bilhões de pessoas foram alcançados em um tempo recorde, nos últimos 25 anos", assinalou Zlotnik, que destacou que esse aumento na população ocorreu "principalmente nos países mais pobres do mundo".
Segundo ela, os números serão "cruciais" para que as entidades que fazem parte do sistema da ONU se preparem para enfrentar uma população ainda maior nos anos vindouros e conhecer as necessidades mundiais relacionadas a água, alimentos, energia e mudança climática, entre outros assuntos.
"Nos próximos dois anos, estaremos mais cientes de como esses números impactam", assinalou Zlotnik.
O estudo indica que a Ásia continuará sendo a região mais populosa do mundo, mas a África também crescerá demograficamente. "Em 2100, a África poderia estar cinco vezes mais populosa que a América do Norte e quatro vezes mais que a Europa ou que a América Latina e o Caribe", assinala o estudo da ONU.