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Mundo condena terror e se solidariza com França

Os principais líderes europeus viajarão no domingo a Paris para expressar sua solidariedade à França, após o atentado contra o jornal Charlie Hebdo


	"Paris é Charlie": homenagens ao "Charlie Hedbo" vem sendo feitas na França e em vários países
 (Youssef Boudlal/Reuters)

"Paris é Charlie": homenagens ao "Charlie Hedbo" vem sendo feitas na França e em vários países (Youssef Boudlal/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 19h51.

Bruxelas - Os principais líderes europeus viajarão no domingo a Paris para expressar sua solidariedade à França, após o atentado contra o semanário "Charlie Hebdo" e as posteriores tomadas de reféns que terminaram com a morte de três "jihadistas" e quatro dos sequestrados.

Diante da comoção causada por esses atentados sem precedentes na França, em mais de 50 anos, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, dois países que já foram alvo de atentados jihadistas, anunciaram que participarão de uma marcha "republicana" pela unidade nacional na França.

Na manifestação, liderada pelo presidente francês, François Hollande, também confirmaram presença a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, e os dirigentes europeus Jean-Claude Juncker, Donald Tusk e Federica Mogherini.

Outros que atenderam ao convite do presidente francês foram os chefes de governo de Dinamarca, Holanda, Malta, Finlândia, Luxemburgo e Portugal.

Dois dias depois do letal atentado contra o "Charlie Hebdo", no centro de Paris, na quarta-feira, e do tiroteio que custou a vida de um policial, na quinta, a perseguição dos suspeitos teve um desfecho trágico hoje. O assalto em Dammartin-en-Goele, 40 km ao nordeste de Paris, onde permaneciam os dois supostos autores do ataque ao semanário, terminou na morte de ambos.

Além disso, a tomada de reféns em uma loja kasher, no leste de Paris, realizada por um homem que teria vínculos com os jihadistas, encerrou com cinco mortos, entre eles o sequestrador.

As condenações aos atentados chegaram de países e de organizações de todas as tendências e ideologias políticas.

Mensagens de Cuba e Coreia do Norte

Nesta sexta, o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, manifestou sua preocupação com a "ofensiva terrorista" na França.

Já o presidente iraniano, Hassan Rohani, inimigo histórico de Israel, declarou que "a violência e o terrorismo são condenáveis tanto nos países da região, quanto na Europa, ou nos Estados Unidos".

Em pronunciamento transmitido pela televisão local, o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, condenou a conduta de alguns grupos terroristas que se dizem adeptos do Islã e que, "por meio de seus atos e palavras vergonhosos, odiosos, desumanos e cruéis, ofenderam o profeta, a religião, o livro sagrado e o povo muçulmano mais do que qualquer outro inimigo".

O presidente cubano, Raúl Castro, enviou uma mensagem de "condolências e de condenação" a Hollande. A Coreia do Norte também expressou seu "profundo pesar" às famílias das vítimas, enquanto o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar aliviado que os autores do atentado tenham sido abatidos.

Em Bruxelas, cerca de 150 pessoas fizeram um grande círculo em uma praça no centro da cidade, levando cartazes com a frase "Eu sou Charlie".

Em Istambul, dezenas de jornalistas se reuniram em solidariedade às vítimas do jornal satírico francês. Em Washington, a Câmara de Representantes fez um minuto de silêncio.

Nesta sexta, o príncipe Harry, da Grã-Bretanha, assinou um registro em memória das vítimas. O gesto já havia sido feito pelo presidente americano, Barack Obama, na véspera, sendo seguido também pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em Tóquio, e pelo premiê português, Pedro Passos Coelho, em Lisboa.

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