Barack Obama: o envio dos pacotes, que continham pólvora, aconteceu em outubro do ano passado (Aude Guerrucci-Pool/Getty Images/Getty Images)
EFE
Publicado em 23 de novembro de 2017 às 20h20.
Washington - Uma mulher texana foi acusada de tentar assassinar Barack Obama quando era presidente dos Estados Unidos e o governador do Texas, Greg Abbott, enviando-lhes pacotes com bombas de fabricação caseira.
Segundo documentos do caso arquivados em um tribunal de Houston e divulgados nesta quinta-feira pela imprensa local, os pacotes bomba enviados pela mulher, identificada como Julia Poff, de 46 anos, poderiam ter mutilado e inclusive matado Obama e Abbott.
Neste último caso, Abbott chegou a abrir o pacote que recebeu, mas o dispositivo não explodiu porque o governador não o abriu da maneira que estava previsto que o fizesse, segundo a acusação.
Houve um terceiro pacote que Julia enviou à Administração do Seguro Social, que também não foi aberto.
O envio dos pacotes, que continham pólvora, aconteceu em outubro do ano passado, antes das eleições que levaram o republicano Donald Trump à Casa Branca.
A mulher aparentemente estava furiosa com as autoridades federais, estaduais e com o Seguro Social devido ao pagamento de uma pensão e porque teve negada uma subvenção oficial.
As pistas obtidas com os mesmos pacotes explosivos, que incluíam um maço de cigarros e uma tampa de pote, levaram os investigadores até Poff.
Os detetives determinaram que o maço de cigarros foi comprado em um posto de gasolina perto da casa da mulher, em Brookshire (Texas), a 50 quilômetros de Houston, e que a tampa correspondia ao pote de um molho para saladas que, segundo os investigadores, Poff tinha comprado para um "jantar de aniversário".
Mas a prova definitiva foi um pelo aderido no rótulo de um dos pacotes bomba, mais especificamente o enviado a Obama, que pertencia a um dos gatos de Julia.
A polícia também encontrou na casa da mulher uma grande quantidade de fogos de artifício e pólvora.
Além da acusação de tentativa de magnicídio, Julia também é acusada de fraude ao se declarar em bancarrota e pela venda de suplementos nutricionais falsos.
A mulher, que se declarou inocente, pode ser condenada a mais de dez anos de prisão caso seja considerada culpada.