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Muçulmanos nos EUA temem represália por explosões em Boston

Várias associações muçulmanas divulgaram comunicados nos quais condenaram a violência


	Muçulmanos rezam em Nova York: de acordo com os grupos de muçulmanos, o número de crimes contra religiosos e árabes nos EUA aumentou após o 11 de setembro
 (AFP/Getty Images / Spencer Platt)

Muçulmanos rezam em Nova York: de acordo com os grupos de muçulmanos, o número de crimes contra religiosos e árabes nos EUA aumentou após o 11 de setembro (AFP/Getty Images / Spencer Platt)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2013 às 11h15.

Brasília – Os muçulmanos nos Estados Unidos acompanham com preocupação as investigações sobre as explosões, ocorridas há dois dias em Boston. Eles temem se tornar alvos de represálias, caso surjam suspeitas sobre o envolvimento de muçulmanos. Várias associações muçulmanas divulgaram comunicados após as explosões, na Maratona de Boston, nos quais condenaram a violência.

Segundo os investigadores do FBI, a Polícia Federal norte-americana, e policiais de Boston são investigados desde movimentos de extrema direita a grupos religiosos de muçulmamos, entre outros.

O porta-voz do Conselho das Relações Americano-Islâmicas, Ibrahim Hooper, disse que recebeu “chamadas de ódio habituais”. “Há algo que nos preocupa: a possibilidade de represálias [contra os muçulmanos]”, disse Hooper.

De acordo com os grupos de muçulmanos, o número de crimes e delitos contra religiosos e árabes nos Estados Unidos aumentou depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Para Sahar Aziz, do Instituto para a Compreensão e a Política Social, os muçulmanos que vivem nos Estados Unidos devem manter a vigilância.

“O estereótipo dos muçulmanos terroristas está agora enraizado na cultura norte-americana, há uma forte probabilidade de observarmos muçulmanos-americanos serem alvos de represálias, se o suspeito [do atentado de Boston] for muçulmano”, disse Aziz.

O presidente do Conselho Muçulmano dos Assuntos Públicos, Salam Al Marayati, alertou que “o terrorismo não tem religião e a religião que for reivindicada pelo culpado não tem importância”.

“O que é importante é o crime de terrorismo, que nós, muçulmanos, condenamos firmemente”, disse. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

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