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Mpox volta a ser declarada emergência global; há risco no Brasil?

Até o momento, foram relatados cerca de 50 casos em países do continente africano

Tedros Adhanom Ghebreyesus  ( FABRICE COFFRINI/AFP/Getty Images)

Tedros Adhanom Ghebreyesus ( FABRICE COFFRINI/AFP/Getty Images)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 14 de agosto de 2024 às 15h03.

Última atualização em 19 de agosto de 2024 às 14h00.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira, 14 que a mpox é, mais uma vez, uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).

O alerta máximo da organização havia sido emitido em julho de 2022 por causa do surto da doença anteriormente chamada de "varíola dos macacos". No entanto, em maio de 2023, a organização decidiu rebaixar o status da doença, em resposta à queda global no número de casos, algo semelhante ao que ocorreu com a Covid.

Desta vez, a declaração foi feita após rápida propagação da doença no continente africano, principalmente na República Democrática do Congo (RDC), país que vem registrando somente este ano quase 14 mil casos, incluindo 450 mortes, informou o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças, o Africa CDC.

Até o momento, foram relatados cerca de 50 casos em países vizinhos, como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda.

"A OMS está comprometida em coordenar a resposta global nos próximos dias e semanas, trabalhando em estreita colaboração com cada um dos países afetados e alavancando nossa presença local para prevenir a transmissão, tratar os infectados e salvar vidas", disse Tedros Adhanom, diretor-geral da organização.

Por outro lado, a OMS afirma que fora do continente, o o surto da mpox permanece com um baixo nível de transmissão por enquanto.

O que é Mpox?

A Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral causada pelo vírus da família Poxviridae, o mesmo grupo que inclui o vírus da varíola humana. Identificada pela primeira vez em humanos na década de 1970, a Mpox é endêmica em algumas regiões da África, especialmente na África Central e Ocidental. O vírus é transmitido principalmente através do contato direto com lesões cutâneas, fluidos corporais ou gotículas respiratórias de indivíduos infectados, além de poder ser transmitido por objetos contaminados.

Em 2022, a Mpox ganhou destaque global ao se espalhar para além das regiões endêmicas, afetando países em todos os continentes, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma emergência de saúde pública de importância internacional. Durante esse surto, a doença foi associada a novas vias de transmissão, incluindo o contato sexual, o que facilitou sua disseminação em comunidades antes não afetadas.

Quais os sintomas da Mpox?

A doença geralmente se manifesta com febre, dores musculares, fadiga e erupções cutâneas características que podem evoluir para lesões mais graves. Embora a maioria dos casos seja autolimitada, com sintomas leves a moderados, a Mpox pode ser fatal, especialmente em populações vulneráveis.

Medidas de prevenção e controle

Se a OMS decretar uma nova emergência, serão implementadas medidas para conter a disseminação do vírus e evitar sua chegada a outros países. A experiência adquirida durante o surto de 2022 será valiosa, especialmente em relação à vigilância, diagnóstico e disponibilidade de vacinas.

No Brasil, as vacinas contra Mpox já estão sendo aplicadas a grupos de maior risco, como pessoas que vivem com HIV, mas ainda não se sabe se essas vacinas oferecem proteção eficaz contra a nova cepa Clado 1b. Além das vacinas, a testagem continua sendo uma ferramenta essencial para identificar e isolar casos, evitando a disseminação do vírus.

Acompanhe tudo sobre:MpoxOMS (Organização Mundial da Saúde)

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