Manifestação desta quarta-feira não é a primeira; dezenas de protestos já ocorreram antes contra a construção da usina (ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2011 às 17h22.
Cuiabá - Portando cartazes e gritando palavras de ordem, centenas de integrantes de movimentos sociais e organizações ambientalistas aproveitaram o tradicional Grito dos Excluídos promovidos há décadas pela Igreja Católica no 7 de Setembro, para protestar contra a construção da Usina de Hidrelétrica de Belo Monte na Volta Grande do Xingu entre os municípios de Vitória do Xingu e Altamira no Pará.
Segundo integrantes do Movimento Xingu Vivo para Sempre, o objetivo dos atos é exigir a paralisação da hidrelétrica por causa dos altos custos sociais e ambientais. Na semana passada, o Ministério Público Federal impetrou a 13ª Ação Civil Pública contra Belo Monte, por danos irreversíveis à natureza e consequente deslocamento de comunidades indígenas.
"O objetivo é alertar os governos e a sociedade mundial sobre os impactos que serão causados pela hidrelétrica, como a derrubada de 500 quilômetros quadrados de área da floresta Amazônica", disse Antonia Melo.
Além de Belém, Santarém e Itaituba no Pará, as manifestações aconteceram em mais dez estados.
Os ativistas prometem manter os atos até o fim do ano. No próximo sábado, dia 10, eles realizarão uma grande manifestação durante a Feira Pan Amazônica que reúne escritores de todos os países que fazem parte da floresta.
Belo Monte é considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Segundo o governo, a usina deverá entrar em funcionamento em 2015 e deve gerar 11 mil megawatts de energia, o que corresponde a 10% de toda a produção atual.