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Moscou pede que Ocidente defina "contra quem está lutando"

"Já passou da hora de nossos colegas ocidentais decidirem contra quem estão lutando na realidade", disse ministro

Rússia: "é necessário agir de maneira conjunta, e não colocar obstáculos aos parceiros" (Richard Heathcote/Getty Images)

Rússia: "é necessário agir de maneira conjunta, e não colocar obstáculos aos parceiros" (Richard Heathcote/Getty Images)

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EFE

Publicado em 1 de novembro de 2016 às 11h45.

Moscou - O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, pediu nesta terça-feira aos países do Ocidente que decidam contra quem estão lutando, contra os terroristas ou contra a Rússia, em uma conferência com comandantes do alto escalão das forças armadas russas.

"Já passou da hora de nossos colegas ocidentais decidirem contra quem estão lutando na realidade: contra os terroristas, ou contra a Rússia", disse Shoigu, citado pelas agência locais.

O titular de Defesa russo fez esse comentário ao falar da recusa de vários países europeus para permitir o atracamento dos navios de abastecimento da frota naval russa, liderada pelo porta-aviões "Almirante Kuznetsov", que se dirige ao extremo leste do Mediterrâneo, para o litoral da Síria.

"Pelo visto, nossos parceiros entendem deste modo sua contribuição para a luta contra o terrorismo internacional na Síria", afirmou Shoigu.

A Rússia solicitou permissão à Espanha para que os navios de abastecimento de sua frota naval pudessem reabastecer no porto de Ceuta, mas retirou seu pedido depois que as autoridades espanholas pediram esclarecimentos sobre se essas embarcações participariam de ações militares na Síria.

O ministro da Defesa russo comentou que, para acabar com os terroristas na Síria, "é necessário agir de maneira conjunta, e não colocar obstáculos aos parceiros, já que os jihadistas se aproveitam disso".

"Como resultado, o começo do processo político e o retorno da Síria à vida pacífica são adiados de maneira indefinida", concluiu o ministro da Defesa.

Sobre a situação em Aleppo, uma das cidades sírias mais castigadas pelo conflito, Shoigu denunciou que "os guerrilheiros fuzilaram dezenas de civis que tentaram se aproximar dos corredores humanitários" abertos pelas autoridades do país.

"Por acaso essa é uma oposição com quem se pode chegar a um acordo?", questionou Shoigu, que ressaltou que há 16 dias a aviação russa não realiza missões que tenham Aleppo como alvo, a fim de facilitar a retirada dos civis e a entrega de ajuda humanitária.

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