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Mortos por coronavírus passam de 400 mil no mundo. Brasil está no top 3

Número de casos de covid-19 também se aproxima de 7 milhões. Brasil é o terceiro com mais mortes, atrás de EUA e Reino Unido, e o segundo em casos

Xangai: a China, onde a pandemia começou, tem mais de 84.000 casos e é hoje o 18º país em número de infectados (Aly Song/File Photo/Reuters)

Xangai: a China, onde a pandemia começou, tem mais de 84.000 casos e é hoje o 18º país em número de infectados (Aly Song/File Photo/Reuters)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 7 de junho de 2020 às 11h58.

Última atualização em 7 de junho de 2020 às 13h14.

O número de mortos pela pandemia da covid-19 passou de 400 mil pessoas no mundo neste domingo, 7, segundo a Universidade Johns Hopkins. O número de casos também se aproxima de 7 milhões. A universidade contabiliza o número de mortos no mundo com base em dados oficiais dos países.

Por volta do meio-dia deste domingo, a Johns Hopkins contabilizava 400.290 mortes e 6.927.639 de casos registrados oficialmente no mundo.

Os Estados Unidos lideram o ranking de casos e mortes, com 1,920 milhão de pessoas infectadas e 109.802 mortes.

Em seguida aparece o Brasil, que 672,8 mil casos de coronavírus; a Rússia, com 467,1 mil notificações e Reino Unido, com 286,3 mil pessoas que contraíram o vírus.

A Europa como um todo já registrou aproximadamente 110 mil casos da doença desde seu surgimento na China, no fim do ano passado.

Em número de mortos, depois dos Estados Unidos, estão o Reino Unido (40,5 mil vítimas fatais) e o Brasil (com 35,9 mil mortos), que ultrapassou a Itália em número de vítimas fatais nesta semana.

Contagem de casos no Brasil

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro disse pelo Twitter que o total de doentes no País "não é representativo" da situação atual do Brasil, insinuando que os números estariam superestimando a propagação do vírus.

O governo federal aventou a possibilidade de recontar o número de mortos por coronavírus, afirmando que o número seria maior do que a realidade. Uma série de pesquisadores vêm apontando para a possibilidade de que o número de casos e mortes esteja, na verdade, subnotificado, diante do baixo número de testes feitos até agora pelo Brasil.

O governo brasileiro também se envolveu em polêmica nesta semana ao retirar do ar o site do governo que mostrava o número de mortos e infectados pelo coronavírus. Depois de o site sair do ar, o portal voltou sem a contagem total de vítimas -- a partir de agora, o governo vem divulgando somente o número de casos e mortes diárias, e não o acumulado desde o começo da pandemia.

Em resposta ao caso, a Johns Hopkins chegou a tirar temporariamente o Brasil da lista de países monitorados. O Brasil voltou ao ranking na noite de sábado, 6.

Em nota enviada à EXAME, a universidade americana afirmou que a decisão se devia a “suspensão temporária do ministério da Saúde brasileiro de divulgar os dados sobre a covid-19”. “Até os dados estarem disponíveis novamente, estamos mostrando os últimos números oficiais que temos (dia 4 deste mês). Quando os dados se tornarem disponíveis novamentes, vamos corrigir”, afirmaram.

A primeira das três fases de um estudo da Universidade Federal de Pelotas financiado pelo Ministério da Saúde, que vem tentando coletar amostras em centenas de municípios brasileiros, indica que o Brasil pode ter sete vezes mais casos de coronavírus do que os registrados (a segunda fase do estudo começou nesta semana).

Como está a reabertura da quarentena pelo mundo

Países como EUA e Reino Unido também insistem em aliviar as restrições antes de conter o surto. Neste domingo, o Reino Unido informou que locais de culto religioso poderão ser reabertos a partir de 15 de junho, apenas para orações particulares. As preocupações no país com a possibilidade de o alívio às restrições ser precoce cresceram nas últimas semanas. O Reino Unido continua registrando aproximadamente 8 mil novos casos por dia. Por ora, há previsão de que serviços não essenciais, como lojas de departamento, reabram também em 15 de junho.

Na França, o governo anunciou que a partir de terça-feira (9) reduzirá as restrições relativas a viagens partindo do país para territórios ultramarinos no Caribe e Oceano Índico. O país tem 190,8 mil casos confirmados e 29,1 mil mortes por covid-19.

A Espanha se prepara para dar mais um passo na flexibilização da quarentena, com a abertura de restaurantes no interior do País, com assentos reduzidos, nesta segunda-feira. No país, o número de casos chega a 241,3 mil e o de mortos, 27,1 mil.

Na Turquia, os residentes de Istambul lotaram as praias e os parques da cidade no primeiro fim de semana sem isolamento total o que levou a uma repreensão pelo ministro da Saúde do país. O número de casos, lá, chega a 169,2 mil e o de vítimas fatais, 4 7 mil.

Na Rússia, a situação continua preocupante, com quase 9 mil novos casos no sábado, em linha com os números relatados na semana passada. Até o momento, 5,8 mil pessoas já morreram de covid-19 no país.

O Paquistão está perto de registrar 100 mil infectados - 98,9 mil na manhã deste domingo -, enquanto o número de mortos passou de 2 mil neste domingo. Profissionais de saúde têm pedido maior controle da pandemia e implementação das regras de distanciamento social. Contudo, o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, disse que o país é muito pobre e que o isolamento total devastaria a economia, já em colapso.

A Índia confirmou 9.971 novos casos de coronavírus, novo recorde para um só dia, na véspera da reabertura de shoppings, hotéis e locais religiosos. A flexibilização ocorre depois de dez semanas de isolamento total no país. Cerca de 248,3 mil indianos estão com a covid-19 e 6,9 mil morreram.

A China registrou seu primeiro caso não importado em duas semanas: uma pessoa infectada na ilha de Hainan, na costa sul. Aproximadamente 84,2 chineses foram infectados, com 4,6 mil vítimas fatais.

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