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Morte de jovem negro provoca protestos em Saint Louis

Cerca de 200 pessoas protestaram pela terceira noite consecutiva pelo assassinato de um jovem negro de 18 anos por um policial branco

Homem levanta placa com os dizeres "nós somos humanos" durante protesto contra a morte de um jovem negro nos EUA (REUTERS/Jim Young)

Homem levanta placa com os dizeres "nós somos humanos" durante protesto contra a morte de um jovem negro nos EUA (REUTERS/Jim Young)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2014 às 08h57.

Washington - A cidade de Saint Louis, no estado de Missouri, onde há dois meses ocorreram diversos protestos contra o preconceito racial, começou na madrugada de sábado um fim de semana de manifestações devido à morte de outro jovem negro pelas mãos da polícia.

Cerca de 200 pessoas, segundo a imprensa local, protestaram pela terceira noite consecutiva pelo assassinato de um jovem negro de 18 anos, identificado como Vonderrit Myers Jr., morto por disparos de um policial na quarta-feira.

O incidente lembrou a morte de outro jovem de 18 anos, em agosto. Desarmado e sem antecedentes criminais, Michael Brown perdeu a vida após ser alvejado por um policial branco na cidade de Ferguson, caso que gerou grande repercussão.

Para as manifestações previstas para o fim de semana, os organizadores esperam reunir milhares de pessoas. No protesto da madrugada de quinta-feira houve confrontos entre a polícia e os manifestantes, o que resultou em várias prisões e a queima de bandeiras americanas.

Segundo o delegado da cidade, Sam Dotson, no dia do incidente, o agente, que estava fora de serviço, perseguiu um desconhecido e, após um desentendimento, o suspeito sacou uma arma e disparou três vezes até a pistola travar.

O policial então fez 17 disparos e matou Myers. Para Dotson, o policial "não foi alheio à aplicação da lei".

O jovem afro-americano, segundo documentos do tribunal de Missouri, havia sido convocado para uma audiência em novembro por acusações supostamente relacionadas ao "uso de armas e por resistir a uma prisão".

Aparentemente, o jovem foi acusado de "exceder os limites de velocidade permitidos e protagonizar uma colisão posteriormente". Segundo as fontes judiciais, após o acidente de carro, Myers correu com uma pistola e a jogou no esgoto, de onde foi recolhida pela polícia.

A mãe do jovem, Syreeta Myers, afirmou à imprensa na quinta-feira que o filho "não estava armado" e que "levava um sanduíche na mão quando dispararam contra ele, e não uma pistola".

"A polícia mente. Mentiram também sobre Michel Brown", ressaltou a mãe.

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