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Morre nos EUA o assassino em série Charles Manson aos 83 anos

Manson estremeceu os EUA em agosto de 1969 com a morte de sete pessoas para provocar uma guerra racial

Charles Manson: assassino morreu aos 83 anos em um hospital da Califórnia (CDCR/Handout/Reuters)
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EFE

Publicado em 20 de novembro de 2017 às 06h29.

Última atualização em 20 de novembro de 2017 às 06h40.

Los Angeles, Estados Unidos - O assassino em série Charles Manson, um dos criminosos mais famosos do século XX, morreu nesta segunda-feira aos 83 anos em um hospital da Califórnia, segundo informou a irmã de uma das suas vítimas ao portal "TMZ".

Manson abalou os EUA em agosto de 1969 com uma sangrenta espiral de violência na qual ele e seus seguidores fãs da sua seita, conhecidos como "a família Manson", mataram sete pessoas para provocar uma guerra racial.

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Aqueles crimes comoveram a sociedade americana e marcaram simbolicamente um ponto na contracultura dos anos 60 e do movimento hippie.

Entre os assassinados estava a atriz Sharon Tate, que estava a ponto de dar à luz ao seu primeiro filho, fruto da sua relação com o diretor Roman Polanski.

Os assassinos usaram o sangue das suas vítimas para escrever mensagens nas paredes, enquanto seguiam as instruções que acreditavam escutar na canção "Helter Skelter", de The Beatles.

Manson somava centenas de sanções por mau comportamento na prisão, onde também gravou uma tatuagem em forma de uma suástica.

O assassino em série morreu num hospital da cidade de Bakersfield, explicou à "TMZ" a irmã da própria Tate, após receber um telefonema de oficiais de Corcoran State, a prisão onde estava Manson, condenado em 1971 pelo seu papel na organização e planejamento dos assassinatos cometidos por seus seguidores.

Manson foi sentenciado a morrer na câmara de gás em 1971. A pena capital foi comutada para prisão perpétua depois que os tribunais declararam inconstitucional punir com a morte os reclusos no estado da Califórnia.

Após sete anos em prisão foi declarado elegível para obter a liberdade condicional, mas lhe foi repetidamente negada depois que autoridades concluíram que era um preso ainda muito perigoso.

Nos últimos 20 anos, Manson sempre se negou a comparecer nas suas audiências para liberdade condicional e em entrevista concedida à revista "Vanity Fair" em 2011 se descreveu como um homem "mesquinho, sujo, fugitivo e ruim", afirmando que foi condenado por "ser a vontade de Deus".

Em uma reportagem publicada em 1970 pela revista "Rolling Stone" sobre os assassinatos realizados pela "família", foi considerado "o homem vivo mais perigoso do mundo".

Leslie Van Houten, o membro mais jovem desse clã, explicou então que Manson havia lhes feito "lavagem cerebral" com sexo, LSD, leituras constantes de passagens da Bíblia, repetidas escutas do disco "White Album", de The Beatles, e outros textos sobre o seu desejo de lançar uma revolução.

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