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Morales nega intenção de permanecer no governo até 2025

Morales disse que não pretende governar o país até a data mencionada e acrescentou que apenas propôs um ''programa patriótico do bicentenário''


	Morales, que governa a Bolívia desde janeiro de 2006, acrescentou que seus planos são uma ''política de Estado'' e não só de seu governo
 (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Morales, que governa a Bolívia desde janeiro de 2006, acrescentou que seus planos são uma ''política de Estado'' e não só de seu governo (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 19h29.

La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, negou nesta segunda-feira ter a intenção de ocupar o cargo até 2025, como disseram opositores e analistas após um discurso na semana passada, no qual traçou metas de gestão até esse ano.

Morales disse que não pretende governar o país até a data mencionada e acrescentou que apenas propôs um ''programa patriótico do bicentenário'' no pronunciamento do dia 6 de agosto, o ''Dia da Pátria''.

A agenda proposta por Morales quer celebrar em 2025 o bicentenário da independência boliviana com a erradicação da pobreza extrema, a auto-suficiência alimentícia e a cobertura total dos serviços básicos, entre outras metas.

Morales, que governa a Bolívia desde janeiro de 2006, acrescentou que seus planos são uma ''política de Estado'' e não só de seu governo, já que ''quem quer que seja o presidente, tem que cumprir com a agenda proposta pelo povo boliviano''.

Opositores e analistas consideram que as propostas do líder têm fins ''eleitorais'', visando não só a terceira reeleição no pleito de 2014, mas também uma quarta em 2019.

Também afirmam que, com o anúncio, Morales quer distrair o povo dos problemas de corrupção e narcotráfico no país, o que não conseguiu resolver em sete anos de gestão.

Os setores sociais leais ao presidente e a organização política Movimento para o Socialismo (MAS) se declararam ''em campanha'' para conseguir sua reeleição.

Morales defendeu várias vezes que tem o direito de buscar um novo mandato, até 2020, com o argumento de que não completou o primeiro (2006-2010), devido ao acordo político para antecipar as eleições em um ano.

Por outro lado, a oposição afirma que a Constituição permite somente dois mandatos consecutivos e ele já foi reeleito. 

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