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Morales diz que 'sonha' com energia nuclear na Bolívia

País quer se espelhar em outros que pretendem utilizar a fonte energética, como Brasil, Chile e Argentina

Evo Morales: presidente boliviano sonha em exportar energia nuclear (Chris McGrath/Getty Images)

Evo Morales: presidente boliviano sonha em exportar energia nuclear (Chris McGrath/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2010 às 17h31.

La Paz - O presidente boliviano, Evo Morales, disse esta sexta-feira que "sonha" com a energia nuclear para a Bolívia, porque o país "conta com matéria-prima", e poderia imitar a exportação deste tipo de energia que o Irã faz.

"Se países como Brasil, Argentina e Chile querem (energia nuclear), por que nós não podemos ter (o mesmo), se temos matéria-prima?", disse o presidente, que voltou para a Bolívia após uma visita oficial de quatro dias ao Irã, país com o qual mantém estreitos laços políticos e econômicos.

Em seguida, completou: "sonho eu, sonhemos todos para termos este tipo de energia e exportemos energia".

Sobre a "matéria-prima", o atual governo boliviano reconheceu, em agosto passado, que há venda de urânio, embora careça de um trabalho de prospecção mineira, para restabelecer seu potencial. Há a possibilidade, segundo manifestou na ocasião o Poder Executivo, de que esta investigação esteja a cargo de Teerã.

Morales disse que, em sua visita desta semana ao Irã, soube do salto qualitativo que o país deu na produção de energia nuclear "com fins pacíficos".

"Antes da Revolução, o Irã produzia apenas algo em 20.000 megawatts, agora com a usina de energia nuclear produz mais de 60.000 megawatts. (No total) produz 80.000 megawatts (e) mais de 50% é para exportar energia para três países" vizinhos, afirmou.

Segundo Morales, a usina nuclear - cujo nome não mencionou - tem fins pacíficos e energéticos, é para produzir energia e exportar energia, não estamos falando de bombas atômicas, "o que querem" as potências ocidentais é "confundir", complementou.

Morales estabeleceu que, com o governo de Mahmud Ahmadinejad, "há interesse (em) avançar nestes temas muito importantes".

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