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Morales aceita desculpas de europeus e diz não ter rancor

Presidente da Bolívia aceitou desculpas apresentadas por França, Espanha, Itália e Portugal pelo caso relacionado a seu avião presidencial

Presidente da Bolívia, Evo Morales, durante visita a Quito, Equador: "aceitamos as desculpas dos quatro países como um primeiro passo porque queremos continuar com relações de respeito", disse (Gary Granja/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2013 às 11h19.

La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales , aceitou nesta quarta-feira as desculpas apresentadas por França, Espanha, Itália e Portugal pelo episódio envolvendo seu avião presidencial no dia 2 de julho e acrescentou que "não guarda rancor" pelo acontecido.

"Aceitamos as desculpas dos quatro países como um primeiro passo porque queremos continuar com relações de respeito, com relações de complementaridade e solidariedade", disse Morales em declaração aos jornalistas.

O líder acrescentou que em coordenação com os Governos que chamaram seus diplomatas nesses países europeus para consultas, "foi acordado o retorno" dos embaixadores.

"Não guardo rancor e nem ressentimento. Os movimentos sociais não são vingativos, especialmente o movimento indígena que represento", acrescentou o governante boliviano, após uma reunião realizada com seu Conselho de Ministros no Palácio do Governo.

Morales disse que o mundo foi testemunha da violação da imunidade diplomática e reiterou que se tratou de um "ato de agressão arbitrária, colonial, nada amistosa, humilhante e inaceitável".

Em 2 de julho, Morales ficou retido na Áustria quando retornava à Bolívia desde a Rússia porque Itália, Portugal e França não deram permissão para aterrisar ou sobrevoar seus territórios devido à suspeita de que a bordo de seu avião estivesse o ex-técnico da CIA Edward Snowden.


Snowden, reclamado pelos Estados Unidos por revelar operações de espionagem, permanece desde junho na zona de passagem do aeroporto moscovita de Sheremetievo.

Morales incluiu a Espanha em seu protesto, porque, segundo disse, o embaixador espanhol em Viena, Alberto Carnero, quis revistar sua aeronave para verificar se o americano viajava ou não com ele.

O governante voltou a agradecer a unidade mostrada pela região e a solidariedade expressada pelos Governos da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), o Mercosul, a Organização dos Estados Americanos e os Países Não-Alinhados, entre outros blocos.

Morales também ressaltou que seu Governo condena "as ações de espionagem dos Estados Unidos contra seus próprios cidadãos, contra seus países aliados da Otan e contra o mundo inteiro".

"A espionagem constitui uma violação aos diretos humanos, à privacidade e às liberdades públicas", acrescentou.

O líder acusou insistentemente os Estados Unidos nos últimos dias de terem pressionado as quatro nações europeias para que colocassem impedimentos a seu voo quando retornava de Moscou para La Paz.

Hoje, Morales acrescentou que seu país "reserva o direito de continuar com as ações empreendidas perante organismos internacionais para conseguir uma completa reparação frente" à agressão sofrida, para que não se repita.

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La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales , aceitou nesta quarta-feira as desculpas apresentadas por França, Espanha, Itália e Portugal pelo episódio envolvendo seu avião presidencial no dia 2 de julho e acrescentou que "não guarda rancor" pelo acontecido.

"Aceitamos as desculpas dos quatro países como um primeiro passo porque queremos continuar com relações de respeito, com relações de complementaridade e solidariedade", disse Morales em declaração aos jornalistas.

O líder acrescentou que em coordenação com os Governos que chamaram seus diplomatas nesses países europeus para consultas, "foi acordado o retorno" dos embaixadores.

"Não guardo rancor e nem ressentimento. Os movimentos sociais não são vingativos, especialmente o movimento indígena que represento", acrescentou o governante boliviano, após uma reunião realizada com seu Conselho de Ministros no Palácio do Governo.

Morales disse que o mundo foi testemunha da violação da imunidade diplomática e reiterou que se tratou de um "ato de agressão arbitrária, colonial, nada amistosa, humilhante e inaceitável".

Em 2 de julho, Morales ficou retido na Áustria quando retornava à Bolívia desde a Rússia porque Itália, Portugal e França não deram permissão para aterrisar ou sobrevoar seus territórios devido à suspeita de que a bordo de seu avião estivesse o ex-técnico da CIA Edward Snowden.


Snowden, reclamado pelos Estados Unidos por revelar operações de espionagem, permanece desde junho na zona de passagem do aeroporto moscovita de Sheremetievo.

Morales incluiu a Espanha em seu protesto, porque, segundo disse, o embaixador espanhol em Viena, Alberto Carnero, quis revistar sua aeronave para verificar se o americano viajava ou não com ele.

O governante voltou a agradecer a unidade mostrada pela região e a solidariedade expressada pelos Governos da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), o Mercosul, a Organização dos Estados Americanos e os Países Não-Alinhados, entre outros blocos.

Morales também ressaltou que seu Governo condena "as ações de espionagem dos Estados Unidos contra seus próprios cidadãos, contra seus países aliados da Otan e contra o mundo inteiro".

"A espionagem constitui uma violação aos diretos humanos, à privacidade e às liberdades públicas", acrescentou.

O líder acusou insistentemente os Estados Unidos nos últimos dias de terem pressionado as quatro nações europeias para que colocassem impedimentos a seu voo quando retornava de Moscou para La Paz.

Hoje, Morales acrescentou que seu país "reserva o direito de continuar com as ações empreendidas perante organismos internacionais para conseguir uma completa reparação frente" à agressão sofrida, para que não se repita.

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