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Moody´s: taxa de calote corporativo cai na AL

Depois de um pico em 2009, inadimplência das empresas diminuiu em quase 90%

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2010 às 17h03.

Nova York - A taxa de inadimplência corporativa na América Latina teve um rápido recuo, depois do pico mostrado em 2009, e seguirá em retrocesso até o primeira metade de 2011, aponta o relatório divulgado hoje pela agência de classificação Moody's.

Esta entidade estudou a trajetória de 434 entidades emissoras de dívida corporativa na América Latina, tanto em moeda local quanto em estrangeira, entre 1990 e 2010, e elaborou os próprios prognósticos.

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Pelos dados, só foram registrados em 2010 na América Latina dois descumprimentos no pagamento de dívida corporativa, que afetaram bônus no valor de US$ 1,2 bilhão.

Essa quantidade representa uma importante redução em comparação com os 21 descumprimentos no valor de US$ 4,4 bilhões registrados em 2009.

"Foi registrada uma forte redução na volatilidade de mudanças de classificação na região da América Latina nos últimos dois anos, e as taxas de descumprimento dentro do grau especulativo desceram rapidamente dos elevados níveis de 2009", assinalou hoje em comunicado o analista de Moody's Steffen Sorensen para explicar estes dados.

A melhor qualidade creditícia da última década na região contribuiu para que a proporção de emissores de dívida classificados pela Moody's como "de grau de investimento" (que são suficientemente confiáveis) aumentasse consideravelmente até representar 40% do total.

Embora esse percentual seja "marginalmente" mais baixo que há um ano, é quase o dobro do registrado na região no fim de 2000.


Pelos dados divulgados pela Moody's, a taxa de descumprimento de dívida "de grau especulativo" (a que não alcança o grau de investimento) chegou ao pico de 10,6% no segundo semestre de 2009 na América Latina, abaixo dos 13,5% no mundo.

"Apesar das menores taxas de inadimplência dentro do grau especulativo na América Latina durante a recente recessão mundial, historicamente os emissores da região tiveram uma média de qualificações menores e suas taxas médias de descumprimento foram maiores em relação aos emissores globais", assinalou Sorensen.

Desde o segundo semestre de 2009, no entanto, a taxa de descumprimento na América Latina desceu rapidamente.

Moody's prevê que a taxa de descumprimento entre os emissores classificados como de grau especulativo rondará 1,3% na América Latina dentro de um ano, contra 2,6% previsto para conjunto do mundo.

A estimativa da agência de classificação espera que os percentuais recuem para 0,7% e 1,8%, respectivamente, até julho de 2011.

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