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Moody's rebaixa dívida espanhola devido aos custos da reforma financeira

A agência que classifica riscos reconhece o esforço do governamental para reduzir debilidades da Espanha, como a reforma da previdência e do mercado de trabalho

O alto custo da reestruturação do sistema financeiro do país europeu traz perspectiva negativa para Espanha (Jasper Juinen/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 19h00.

Madri - A agência de classificação de riscos Moody's rebaixou nesta quinta-feira a qualificação da dívida soberana espanhola de Aa1 para Aa2, com perspectiva negativa, devido ao alto custo da reestruturação do sistema financeiro do país europeu.

Em nota, a Moody's explicou que os custos da reestruturação do sistema financeiro serão maiores que os previstos pelo Governo espanhol e provocarão um aumento do déficit.

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O comunicado ressalta que, embora o Governo tenha estimado em 20 bilhões de euros o custo de reestruturar o sistema financeiro, é provável que esse cálculo chegue à faixa de 40 bilhões a 50 bilhões de euros, e em um contexto de grave crise poderia atingir ainda 110 bilhões a 120 bilhões de euros.

Após o anúncio da Moody's, a vice-presidente segunda do Governo espanhol e ministra da Economia e Fazenda, Elena Salgado, insistiu nesta quinta-feira que as necessidades de capital das entidades financeiras espanholas "se mantêm" nos 20 bilhões de euros cifrados tanto pelo Executivo como pelo Banco da Espanha (banco central).

A agência assinalou também que o Executivo de José Luis Rodríguez Zapatero tem um controle limitado sobre as regiões e destacou que a recuperação da economia espanhola apresenta perspectivas "apenas moderadas" de crescimento a médio prazo.

No entanto, a Moody's reconhece o esforço do Executivo para reduzir as debilidades da economia espanhola, como a reforma da previdência e do mercado de trabalho, o que explica que o rebaixamento da dívida não tenha sido maior.

Além disso, a agência reconhece que a dívida espanhola é sustentável e descarta que a Espanha tenha de recorrer ao resgate financeiro internacional que a zona do euro criou para proporcionar liquidez a países do bloco com problemas.

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