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Monti é recebido com vaias na zona do terremoto na Itália

Sant'Agostino foi uma das áreas mais afetadas pelo terremoto de 5,9 graus na escala Richter

Mario Monti foi recebido com vaias e gritos de "ladrões, fiquem em casa" por parte de um grupo de moradores afetados por este terremoto (Andreas Solaro/AFP)

Mario Monti foi recebido com vaias e gritos de "ladrões, fiquem em casa" por parte de um grupo de moradores afetados por este terremoto (Andreas Solaro/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 06h35.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, foi recebido nesta terça-feira com algumas vaias em sua chegada a Sant'Agostino, uma das localidades mais afetadas pelo terremoto de 5,9 graus na escala Richter que castigou o norte do país na madrugada de domingo.

O chefe do Executivo chegou por volta das 9h locais (4h de Brasília) a esta localidade da região de Emilia-Romagna, por cujas ruas Monti fez um rápido percurso.

Monti foi recebido com vaias e gritos de "ladrões, fiquem em casa" por parte de um grupo de moradores afetados por este terremoto, que deixou sete mortos, cerca de 50 feridos e em torno de cinco mil evacuados.

Esse mesmo grupo de moradores aludiu ainda ao imposto sobre bens imóveis reintroduzido pelo Governo de Monti, que voltará a ser pago nos próximos dias, exatamente no momento em que várias casas da localidade se encontram inabitáveis devido ao terremoto.

O primeiro-ministro da Itália qualificou de 'graves' os danos causados pelo terremoto e aposta agora em reativar a atividade produtiva na região de Emilia-Romagna, cujos empresários calculam perdas de 'centenas de milhões de euros' e onde só um de cada quatro polos industriais está em disposição de retornar à atividade.

Monti lembrou que no início da tarde presidirá em Roma um Conselho de Ministros para declarar estado de emergência na zona, com o que poderá ter à disposição um melhor dispositivo para atender aos afetados.

As pessoas alojadas em acampamentos passaram mais uma noite assustadas com contínuos tremores de terra causados pelas réplicas que não cessam. Nas 24 horas posteriores ao grande terremoto, foram contabilizadas cerca de 200.

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