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Monitoramento de membros de equipe de Trump não é espionagem, diz FBI

O FBI foi acusado pelo procurador-geral dos EUA de espionar membros da campanha de Trump durante as investigações sobre as eleições de 2016

"A questão-chave é garantir que foi feito de acordo com as nossas autoridades legais", informou o diretor do FBI (Mandel Ngan/AFP)

"A questão-chave é garantir que foi feito de acordo com as nossas autoridades legais", informou o diretor do FBI (Mandel Ngan/AFP)

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EFE

Publicado em 7 de maio de 2019 às 15h46.

Washington — O diretor do FBI, Christopher Wray, negou nesta terça-feira que a agência tenha espionado ilegalmente membros da equipe eleitoral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Bom, este não é o termo que eu usaria", disse Wray sobre a conduta do FBI em um pronunciamento diante da Comitê de Apropriações do Senado.

Desta forma, Wray contestou uma questão sobre as declarações de abril do procurador-geral dos EUA, William Barr, de que houve espionagem contra integrantes da campanha de Trump durante as investigações da suposta ingerência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016.

"Pela mesma razão que estamos preocupados com a influência estrangeira nas eleições... acredito que espionar uma campanha política é um grande problema", declarou Barr diante desse mesmo comitê em 10 de abril.

Pouco depois, Barr deixou claro que não queria dizer que aconteceu "uma vigilância inadequada" de pessoas da campanha de Trump, mas tentava investigar o caso.

Wray ressaltou nesta terça-feira que toda investigação do FBI foi feita de acordo com lei. "Para mim, a questão-chave é garantir que foi feito de acordo com as nossas autoridades legais".

Os legisladores manifestaram nesta terça-feira ao diretor do FBI inquietação pelo uso do termo espionagem por parte de Barr, já que se trata de uma palavra com uma conotação penal.

Segundo o jornal "The Hill", atualmente o escritório do Inspetor-Geral do Departamento de Justiça está revisando se o FBI seguiu os procedimentos adequados para monitorar Carter Page, ex-assessor de Trump.

A vigilância aconteceu dentro das investigações dirigidas pelo procurador-especial Robert Mueller sobre os supostos vínculos entre a equipe eleitoral do presidente e a Rússia na campanha para as eleições de 2016.

O relatório final de Mueller, sobre o qual o Departamento de Justiça publicou uma versão censurada em abril, estabelece que não houve provas de uma conspiração entre a equipe de Trump e Moscou para influenciar nas eleições, mas deixa dúvidas sobre uma possível obstrução à Justiça por parte do agora governante.

Durante o pronunciamento, Wray foi questionado sobre se agentes do FBI espionaram a campanha de Trump.

"Quero ser cuidadoso na minha resposta a essa pergunta, porque há uma investigação do Inspetor-Geral em andamento. Tenho a minha própria opinião sobre a informação limitada que vi até agora, mas não acredito que seria bom ou apropriado da minha parte compartilhá-la nesta fase, porque para mim é importante que todo mundo respeite a investigação do Inspetor-Geral", disse.

Wray insistiu que pessoalmente não vê a existência de provas de um dispositivo de vigilância ilegal por parte do FBI contra membros da equipe eleitoral de Trump.

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