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Mitt Romney, favorito republicano, agora de olho na Carolina do Sul

Depois de vencer as duas primeiras primárias do partido, Romney foca agora no próximo estado para aumentar sua vantagem sobre os adversários

Mitt Romney venceu as primárias em Iowa e New Hampshere  (Jewel Samad/AFP)

Mitt Romney venceu as primárias em Iowa e New Hampshere (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 12h45.

Manchester, Estados Unidos - Após sua vitória contundente em New Hampshire, o republicano Mitt Romney espera agora vencer as primárias da Carolina do Sul para se converter no candidato de seu partido para enfrentar o presidente Barack Obama nas eleições presidenciais de novembro.

A equipe de Romney começou a realizar a campanha logo nesta quarta-feira neste estado conservador do sudeste dos Estados Unidos, que será o terceiro a designar seu candidato republicano, em eleições previstas para 21 de janeiro.

O voto religioso pesará muito nesta ocasião, assim como o do "Tea Party", a ala ultraconservadora do partido republicano, o que, por enquanto, não impede que Romney, um mormón que foi governador de Massachusetts (noroeste), esteja na liderança das pesquisas, com uma margem, no entanto, limitada.

Se vencer na Carolina do Sul, após as conquistas em Iowa e New Hampshire, Romney se converterá certamente no oponente de Obama em 6 de novembro. Sobretudo se for capaz de conseguir também a vitória na Flórida em 31 de janeiro. Romney, por sua vez, já previu um comício para esta quinta-feira.

Para seus adversários republicanos, enfraquecidos e divididos, Romney é o homem a ser atacado. Todos devem igualmente começar a trabalhar nesta quarta-feira na Carolina do Sul, onde a campanha deverá ser cruel. No entanto, nenhum parece, por enquanto, em posição de frear a maquinaria de Romney.

"Nesta noite comemoramos, mas amanhã é preciso seguir trabalhando", declarou nesta terça-feira à noite o vencedor em New Hampshire, comemorando sua conquista em Manchester com seus seguidores e rodeado por sua família.

Também pediu aos eleitores da Carolina do Sul que "se unam aos de New Hampshire" para expulsar da Casa Branca um presidente Obama que já "não tem mais ideias, nem mais desculpas" e espero que "já não (muito) mais tempo" de governo.


Romney foi atacado nestes últimos dias por alguns de seus adversários por seu passado como homem de negócios e, desde então, é alvo de anúncios na televisão particularmente negativos que são emitidos na Carolina do Sul sobre seu passado à frente do fundo de investimentos Bain Capital, nos anos 1980 e 1990.

Estes espaços publicitários são financiados por um grupo favorável ao ex-presidente da Câmara de Representantes, Newt Gingrich, que obteve apenas 9% de apoio em New Hampshire, assim como o ultraconservador Rick Santorum. Mas Gingrich, ex-senador pela Geórgia (sul), espera melhorar muito seus resultados na Carolina do Sul.

Nos últimos dias, Santorum não parou de arremeter contra Romney, a quem acusa de ter enriquecido "saqueando" empresas enquanto dirigia o fundo de investimento Bain Capital.

O governador do Texas, Rick Perry, que obteve resultados muito decepcionantes em New Hampshire (1%), denunciou igualmente que Romney é um "abutre capitalista".

Mas os eleitores de New Hampshire aparentemente não se deixaram impressionar muito por estes ataques, classificados de surpreendentes, já que vêm de parte de membros de seu próprio partido republicano.

Estas acusações foram classificadas de "erro para nosso partido e para nosso país" por parte de Romney, que denunciou na terça-feira à noite que "alguns republicanos desesperados estão se unindo" a Obama.

O presidente democrata estaria atualmente quase empatado (46,7%) com Romney (45,2%) se os dois se enfrentassem nas presidenciais de novembro, segundo uma média das pesquisas mais recentes realizada pelo site realclearpolitics. E a diferença parece que se torna cada vez menor.

Romney obteve 39% dos votos em New Hampshire, muito à frente de Ron Paul, um republicano atípico de 76 anos (23%), e do muito moderado Jon Huntsman, ex-governador de Utah (17%), que decidiu continuar na corrida das primárias na Carolina do Sul, apesar de seus fracos resultados.

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