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Missionário com ebola recebe tratamento na Espanha

Missionário contraiu ebola enquanto trabalhava como diretor médico de um hospital em Serra Leoa


	Funcionários da área da saúde usam roupas de proteção contra o ebola em hospital
 (Dominique Faget/AFP)

Funcionários da área da saúde usam roupas de proteção contra o ebola em hospital (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 18h18.

Madrid - O missionário espanhol que contraiu ebola enquanto trabalhava como diretor médico de um hospital em Serra Leoa chegou à Espanha para tratamento.

O irmão Manuel García Viejo, de 69 anos, foi levado ao centro de saúde Carlos III, em Madrid, e examinado na manhã de segunda-feira, disseram autoridades.

O religioso está com febre e desidratado, e seus rins e fígado foram muito afetados pela doença, informou o chefe de clínica médica do hospital, Francisco Arnalich, em coletiva de imprensa. "A situação dele é séria", acrescentou.

García, um especialista em clínica médica e doenças tropicais, é membro da Ordem Hospitaleira de São João de Deus, uma congregação católica apostólica romana que dirige uma instituição de caridade para vítimas do ebola.

Ele trabalhou na África durante 30 anos, e passou os últimos 12 anos como diretor de medicina de um hospital em Lunsar, no norte de Serra Leoa.

A ordem da qual o religioso participa notificou o governo espanhol no sábado sobre seu desejo de voltar ao país. No domingo, um avião militar da Espanha foi enviado para buscá-lo.

Essa foi a segunda vez que um cidadão espanhol retornou da África desde o início do surto mais recente de ebola.

O missionário não recebeu tratamento com a droga experimental Zmapp, usada em outros pacientes, porque não havia estoque suficiente do medicamento, afirmou uma autoridade do hospital de Madrid.

Em vez disso, os médicos estudam outros tratamentos experimentais aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mais de 2,6 mil pessoas morreram no Oeste da África nos últimos nove meses, na maior epidemia do vírus já registrada. Cerca de um quinto dessas mortes ocorreram em Serra Leoa.

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