Mundo

Missão de resgate traz 30 crianças de volta para a Ucrânia após suposto sequestro, diz Reuters

Crianças e adolescentes estavam presos em acampamentos tomados pelas forças militares russas

Civis deixam Bakhmut, na Ucrânia, com seus pertences em mãos (Anna Malpas/AFP)

Civis deixam Bakhmut, na Ucrânia, com seus pertences em mãos (Anna Malpas/AFP)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 8 de abril de 2023 às 15h22.

A agência de notícias Reuters apontou que mais de 30 crianças voltaram para suas famílias na Ucrânia neste fim de semana, depois de uma longa operação para trazê-las de volta da Rússia e da Crimeia, em uma complexa missão de resgate envolvendo viagens por pelo menos quatro países.

"A quinta missão de resgate está chegando ao fim. Foi especial pelo número de crianças que conseguimos devolver e também por sua complexidade", disse Mykola Kuleba, fundador da organização humanitária Save Ukraine, que ajudou a organizar a missão de resgate, à reportagem.

O desaparecimento das crianças começou no verão local, quando os pais delas começaram a ser pressionados por autoridades russas para enviarem seus filhos a acampamentos nas regiões ocupadas de Kherson e Kharkiv "por aproximadamente duas semanas". Uma vez no local, as crianças foram forçadas a permanecer por quatro a seis meses, sendo transferidas periodicamente para outras regiões.

Ainda de acordo com a Reuters, Kiev estima que aproximadamente 19,5 mil crianças foram levadas para a Rússia ou para a Crimeia ocupada pelos russos desde o início da guerra. Moscou nega o sequestro de crianças, afirmando que foram transportadas para a própria segurança.

Em um pronunciamento à imprensa no último sábado, Kuleba afirmou que todas as 31 crianças trazidas de volta para casa disseram que não havia ninguém na Rússia tentando encontrar os pais delas.

"Houve crianças que mudaram de lugar cinco vezes em cinco meses, algumas crianças dizem que viviam com ratos e baratas", afirmou.

Recentemente, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o presidente da Rússia, Vladmir Putin, e contra a comissária de Direitos das Crianaçs, Maria Lvova-Belova, acusando a ambos do sequestro de crianças na Ucrânia. A Rússia rejeitou as acusações.

Acompanhe tudo sobre:RússiaUcrânia

Mais de Mundo

Câmara dos EUA evita paralisação do governo com aprovação de pacote emergencial de financiamento

Maduro propõe reforma constitucional para reforçar controle político na Venezuela

Atropelamento em feira de Natal na Alemanha mata duas pessoas e caso é investigado como terrorismo

Portugal aprova lei que facilita pedido de residência para brasileiros