Londres - Os ministros das Relações Exteriores de dez países e o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, participam nesta terça-feira em Londres de uma reunião do grupo Amigos da Síria para preparar a convenção de Genebra e convencer à oposição ao regime de Bashar al-Assad a comparecer nessa reunião.

A reunião de hoje, que começará por volta das 7h (de Brasília) no palacete de Lancaster House, terá a presença dos responsáveis das Relações Exteriores de Reino Unido, Egito, França, Alemanha, EUA, Jordânia, Itália, Catar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos (EAU).

O objetivo da reunião é convencer à principal aliança da oposição, a Coalizão Nacional, a comparecer no próximo mês à conferência que será realizada na cidade de Genebra, na Suíça.

Os ministros das Relações Exteriores dos 11 países que formam o grupo Amigos da Síria buscarão estabelecer os fundamentos para a conferência em Genebra, segundo fontes oficiais britânicas.

Ao mesmo tempo, querem reafirmar a necessidade de que a conferência seja concentrada na transição política na Síria.

Uma das facções que integram a Coalizão Nacional, o chamado Conselho Nacional Sírio, informou que não confia nas negociações com o regime de Damasco e se nega a participar da conferência.

Segundo os especialistas, a oposição síria ficou enfraquecida pelos enfrentamentos entre o Exército Livre da Síria e grupos rebeldes islâmicos.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, afirmou que o encontro é para "falar dos preparativos para a convenção de Genebra, e nossos esforços para se chegar a um acordo político sobre este trágico conflito".

No final da reunião de hoje, William Hague e John Kerry oferecerão uma entrevista coletiva, prevista para as 11h45 (de Brasília).

Os países ocidentais receberam com satisfação o acordo alcançado no mês passado em Genebra entre EUA e Rússia para o desmantelamento do arsenal químico do regime sírio, mas não impediu a continuação do conflito armado, nem reduziu a tragédia humanitária no país.

Desde o começo do conflito em 2011, mais de 100 mil pessoas morreram na Síria.