G20: A reunião de Bali será o prelúdio da cúpula de líderes que será realizada em novembro na ilha indonésia, marcada para debater a recuperação global após a pandemia de covid-19 (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 8 de julho de 2022 às 06h50.
O Grupo dos 20 se reunirá nesta sexta-feira, 8, em Bali, onde os Estados Unidos insistirão para que as grandes economias do mundo pressionem a Rússia por sua invasão da Ucrânia, no primeiro encontro com a presença de diplomatas de Washington e Moscou desde o início do guerra.
O secretário do Estado americano, Antony Blinken, buscará também reabrir o diálogo com Pequim no encontro com o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, o primeiro depois de meses de tensões.
Mas Blinken evitará contato direto com o ministro russo Sergei Lavrov e acusará Moscou de causar a crise global de alimentos e energia e pedindo ao G20 que apoie uma iniciativa da ONU para reabrir rotas marítimas bloqueadas pela guerra.
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A reunião de Bali será o prelúdio da cúpula de líderes que será realizada em novembro na ilha indonésia, marcada para debater a recuperação global após a pandemia de covid-19.
Mas a atenção se voltou para a invasão da Ucrânia pela Rússia, que abalou os mercados mundiais, elevou os preços globais dos alimentos e provocou alegações de crimes de guerra russos.
A última vez que Blinken e Lavrov se encontraram foi em janeiro em Genebra, onde o diplomata americano alertou a Rússia sobre as consequências de uma invasão da Ucrânia, iniciada por Moscou em 24 de fevereiro.
A Indonésia resistiu à pressão para excluir a Rússia e convidou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dymytro Kuleba.
O Departamento de Estado se recusou a comentar se Blinken deixaria qualquer reunião envolvendo Lavrov. No entanto, não haverá uma foto de todos os ministros do G20 como de costume, disse um alto funcionário indonésio à AFP.
As conversas de sábado entre Blinken e Wang, as primeiras desde outubro, procurarão resolver as tensões entre as duas maiores economias do mundo.
Um alto funcionário americano no leste da Ásia disse que os dois discutiriam "limites" à competição, mas esclareceu que Blinken, que recentemente destacou Pequim como a principal ameaça à ordem mundial, também conversará sobre áreas de cooperação.
O encontro ocorre no momento em que o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que espera conversar nas próximas semanas com seu colega chinês, Xi Jinping, com quem falou pela última vez em março.
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