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Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2010 às 10h53.
Londres - O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, afirmou hoje que a dívida pública do país começará a diminuir gradativamente graças às medidas que o Governo tomará para cortar o déficit estimado em 155 bilhões de libras esterlinas (quase US$ 230 bilhões).
Ao apresentar o orçamento de emergência no Parlamento, Osborne apontou que o déficit público descerá para 149 bilhões de libras neste ano (US$ 220 bilhões), a 116 bilhões de libras (US$ 171 bilhões) no próximo ano e a 89 bilhões de libras (US$ 131 bilhões) em 2012.
O ministro, que chamou o orçamento de "duro, mas justo", disse que é necessário tomar medidas para reduzir o gasto público com o objetivo de não afetar a credibilidade do país nos mercados internacionais.
Osborne também previu que o crescimento econômico do Reino Unido neste ano será de 1,2%, subindo paulatinamente até chegar a 2,7% em 2015.
A inflação, atualmente em 3,4%, fechará 2010 em 2,7%, enquanto a taxa de desemprego, que está em 7,9%, subirá para 8,1% no final de ano, mas descerá para 6,1% em 2015.
O orçamento de emergência enfrentará "de maneira decisiva" a dívida recorde do Reino Unido, mas protegerá os setores mais vulneráveis da população e, além disso, planeja o futuro crescimento do país, disse o ministro.
Segundo Osborne, a partir de janeiro de 2011, o Reino Unido terá um novo imposto sobre os bancos, enquanto em 4 de janeiro o Imposto sobre o Valor Agregado passará dos atuais 17,5% para 20%, o que vai gerar receitas anuais de 13 bilhões de libras (US$ 19 bilhões).
O imposto corporativo, que está em 28%, será reduzido para 27% no ano que vem e depois em 1% ao ano durante os três anos seguinte.
Na opinião de Osborne, as medidas estimularão a criação de empregos e a atividade empresarial.
"Meu orçamento é duro, mas justo. É um orçamento inevitável pela desordem que temos que regular. Portanto, o Governo de coalizão assumirá a responsabilidade de equilibrar as contas do Reino Unido em cinco anos. E isto significa incentivar as empresas, porque são os negócios, e não o Governo, que criarão os empregos no futuro", argumentou Osborne.
O orçamento, o primeiro do Governo de coalizão entre conservadores e liberal-democratas, é visto como o mais duro em mais de 25 anos.