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Ministro do Líbano defende que refugiados sírios retornem ao seu país

O governo do Líbano elogiou a iniciativa russa de impulsionar a volta de refugiados à Síria, depois que o governo recuperou o controle de boa parte do país

O ministro disse que é necessário impedir que os refugiados sírios sejam usados como trunfo político (Jamal Saidi / Reuters/Reuters)

O ministro disse que é necessário impedir que os refugiados sírios sejam usados como trunfo político (Jamal Saidi / Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 10h35.

Última atualização em 20 de agosto de 2018 às 10h36.

Moscou - O governo do Líbano entende que a situação na vizinha Síria melhorou, já existe estabilidade em muitas regiões do país e que não há razões para que os refugiados sírios em território libanês não retornem à sua terra, disse nesta segunda-feira em Moscou o ministro das Relações Exteriores, Yebran Basil.

"As condições na Síria melhoraram e há cada vez mais regiões onde se conseguiu estabilidade e segurança. Portanto, não vemos razões para que os refugiados sírios permaneçam em território libanês", afirmou Basil ao término de um encontro com o chanceler da Rússia, Sergey Lavrov.

O chefe da diplomacia libanesa elogiou a iniciativa russa de impulsionar a volta de refugiados à Síria, agora que o governo de Bashar al Assad recuperou o controle de praticamente todo o país, com a notável ressalva da região de Idlib, na fronteira da Turquia.

Basil lembrou que a postura do Líbano sempre foi de tratar a volta dos refugiados e o processo político de forma separada.

"Dado que a iniciativa russa (sobre o retorno de refugiados) é a primeira proposta internacional neste sentido, o Líbano certamente a respalda. Concordamos que a permanência de refugiados sírios nos países que os receberam é uma tendência negativa", ressaltou o ministro libanês.

Ao mesmo tempo, ressaltou Basil, é necessário impedir que "os refugiados sírios sejam usados como trunfo político" na campanha das eleições sírias.

Lavrov, por sua vez, destacou que "já existem as condições para que os refugiados comecem a voltar, e é contraproducente fazer exigências que dificultem o retorno dos refugiados hoje mesmo às suas casas e reconstruam sua nação".

Nesse contexto, o chefe da Chancelaria russa acusou os Estados Unidos de dificultar a volta dos refugiados ao se negarem a pôr sobre a mesa um programa para a reconstrução da Síria antes de progredir na organização política do conflito.

"Estas condições prévias são colocadas pelos EUA só para as regiões controladas pela Síria, liberadas do Estado Islâmico, Al Nusra e demais terroristas. No que se refere às áreas controladas pela oposição apoiada pelos EUA, sobretudo na margem leste do rio Eufrates, não se põe condição alguma. Ao contrário, lá os trabalhos de reconstrução estão a todo vapor", denunciou Lavrov.

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