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Ministro de Defesa de Israel critica plano de paz de Kerry

Segundo a publicação, as palavras de Yaalon provocaram uma crise política interna, inclusive com pedidos para que ele seja destituído


	John Kerry: o ministro também teria classificado o chefe da diplomacia americana de "obsessivo" e "messiânico"
 (Bloomberg)

John Kerry: o ministro também teria classificado o chefe da diplomacia americana de "obsessivo" e "messiânico" (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 11h03.

Jerusalém - O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, criticou com dureza o secretário de Estado americano, John Kerry, e menosprezou seus esforços pela paz, informou nesta terça-feira o jornal local "Yedioth Ahronoth".

Segundo a publicação, que não detalhou quando e onde ocorreram as declarações, as palavras de Yaalon provocaram uma crise política interna, inclusive com pedidos para que ele seja destituído.

"Na realidade, não houve negociações entre nós e os palestinos em todos estes meses, mas na verdade entre nós e os americanos. O que poderia nos salvar é que dessem o Prêmio Nobel a John Kerry e ele nos deixasse em paz", disse Yaalon, de acordo com o jornal.

Segundo a publicação, estas palavras foram ditas em uma conversa privada de Yaalon com colaboradores próximos.

O ministro também teria classificado o chefe da diplomacia americana de "obsessivo" e "messiânico".

"Abu Mazen (o presidente palestino, Mahmoud Abbas) está vivo e em boa medida graças a nós", disse Yaalon. "No momento em que abandonarmos Judéia e Samaria (Cisjordânia) estará acabado", acrescentou.

Yaalon expressou sua desconfiança sobre as propostas em relação ao tema da segurança que estão sendo avaliadas pelos mediadores americanos.

"O plano de segurança americano que nos apresentaram não vale o papel no qual está escrito", disse o ministro. Segundo ele, as propostas não transmitem "paz nem segurança".

"Só nossa presença contínua na Judéia e Samaria e no Vale do Jordão impedirá que nos transformemos em alvo de foguetes de todas as direções", acrescentou.

Consultado pela Agência Efe, o Ministério da Defesa de Israel não quis comentar as declarações, que foram duramente criticadas por membros do governo e da classe política israelense. 

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