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Ministro da economia espanhol diz que UE só importará 'um bife por pessoa ao ano' do Mercosul

Carlos Cuerpo explica que o impacto do acordo com o Mercosul será limitado, mas trará vantagens econômicas para a União Europeia

Acordo Mercosul-UE: Proteção ao setor agrícola europeu e oportunidades para outros setores (Getty Images/Reprodução)

Acordo Mercosul-UE: Proteção ao setor agrícola europeu e oportunidades para outros setores (Getty Images/Reprodução)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 16h49.

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O ministro da Economia da Espanha, Carlos Cuerpo, afirmou nesta segunda-feira, 9, que o país buscará convencer os parceiros mais relutantes da União Europeia sobre os benefícios do acordo com o Mercosul. Entre os opositores, se destacam a França e outros países com um setor agropecuário sensível às importações de produtos sul-americanos. Cuerpo, no entanto, argumentou que o impacto do acordo será limitado e que a União Europeia só importará "um bife de carne bovina por pessoa ao ano".

Em declarações à imprensa, antes de participar de uma reunião do Eurogrupo em Bruxelas, Cuerpo defendeu que o setor agrícola e pecuário europeu está “bem preparado” e continuará "bem protegido" com o acordo. O ministro garantiu que as importações de carne bovina e outros produtos estarão limitadas pelo pacto, o que asseguraria a continuidade da proteção ao setor agrícola europeu. “Isso equivalerá a um bife por pessoa por ano que poderá ser importado pela UE”, afirmou Cuerpo, ressaltando que esse impacto seria muito reduzido.

Benefícios para empresas na Europa

O ministro espanhol também destacou os benefícios tangíveis para a economia da União Europeia, como a redução de custos de 4 bilhões de euros devido à diminuição das tarifas de importação. Para a Espanha, o impacto será ainda maior, com a expectativa de um aumento de 40% nas exportações de setores como maquinário, automóveis, produtos químicos e farmacêuticos, têxteis, petróleo e vinho. Cuerpo também mencionou a criação de cerca de 20 mil novos empregos em diversas áreas da economia europeia. Ele afirmou que esses benefícios ajudarão a melhorar as cadeias de suprimentos da UE, além de garantir o acesso a produtos "estratégicos" para as transformações climática e digital da região.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, concluiu o acordo na última sexta-feira durante sua visita a Montevidéu, no Uruguai. Apesar das críticas da França, que acredita que o pacto terá efeitos negativos sobre seu setor primário, Cuerpo se mostrou confiante quanto à ratificação do acordo. “Estou certo de que uma maioria suficiente dos Estados-Membros da UE aprovará o acordo”, afirmou o ministro espanhol, destacando a posição favorável de países como a Alemanha.

Jörg Kukies, novo ministro das Finanças da Alemanha, também se manifestou de forma positiva em relação ao acordo. Ele enfatizou que o impacto será “muito positivo” para a economia alemã, que já mantém relações comerciais intensas com o Mercosul. Kukies pediu uma “rápida ratificação” do acordo no nível europeu, afirmando que as relações comerciais entre a Alemanha e os países do Mercosul crescerão ainda mais após sua implementação.

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