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Yanukovich planejava dura repressão contra manifestantes

Segundo documentos, presidente destituído tinha planos de usar milhares de soldados para reprimir protestos

Ex-presidente da Ucrânia Viktor Yanukovich durante coletiva de imprensa em Kiev (Alexander Demianchuk/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 21h46.

Kiev - O presidente destituído da Ucrânia Viktor Yanukovich tinha planos de usar milhares de soldados para reprimir os protestos que conseguiram pôr fim ao seu governo, de acordo com um documento vazado publicado na Internet.

Jornalistas ucranianos estão analisando os milhares de papéis que dizem ter encontrado nos arredores da residência de Yanukovich, perto de Kiev, depois que o ex-mandatário abandonou a capital, e alguns documentos já estão circulando na Internet.

Apesar de não ter sido possível confirmar sua autenticidade, o ex-vice-ministro do Interior Hennadi Moskal publicou um documento que detalha um plano para cercar com francoatiradores a Praça da Independência, centro dos protestos, e disparar contra os manifestantes.

O procedimento teria envolvido veículos armados e cerca de 22.000 policiais, incluindo 2.000 efetivos antidistúrbios, detalhou o documento.

Moskal, membro do partido da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, disse que publicou o documento para pressionar as novas autoridades ucranianas a levar Yanukovich à Justiça.

Um jornalista local disse à Reuters que mais documentos serão publicados nesta semana.

Pelo menos 88 pessoas morreram nos confrontos entre a polícia e os manifestantes opositores a Yanukovich que ocupam a praça do centro de Kiev há três meses. Alguns morreram atingidos por francoatiradores.

Nesta segunda-feira, as novas autoridades da Ucrânia emitiram um mandado de prisão contra Yanukovich por assassinatos em massa. Ele fugiu após ser destituído.

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Apesar de não ter sido possível confirmar sua autenticidade, o ex-vice-ministro do Interior Hennadi Moskal publicou um documento que detalha um plano para cercar com francoatiradores a Praça da Independência, centro dos protestos, e disparar contra os manifestantes.

O procedimento teria envolvido veículos armados e cerca de 22.000 policiais, incluindo 2.000 efetivos antidistúrbios, detalhou o documento.

Moskal, membro do partido da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, disse que publicou o documento para pressionar as novas autoridades ucranianas a levar Yanukovich à Justiça.

Um jornalista local disse à Reuters que mais documentos serão publicados nesta semana.

Pelo menos 88 pessoas morreram nos confrontos entre a polícia e os manifestantes opositores a Yanukovich que ocupam a praça do centro de Kiev há três meses. Alguns morreram atingidos por francoatiradores.

Nesta segunda-feira, as novas autoridades da Ucrânia emitiram um mandado de prisão contra Yanukovich por assassinatos em massa. Ele fugiu após ser destituído.

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