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Ministra da Itália sofre novo ataque racista

Um grupo de racistas se encorajou a jogar bananas para a ministra em uma festa do Partido Democrata (PD) na cidade de Cervia


	Nascida no Congo, Cecile Kyenge é primeira negra a ser ministra na Itália: Kyenge teve que suportar as críticas do vice-presidente do Senado, Roberto Calderoli, também da Liga Norte.
 (Provincia di Modena/Wikimedia)

Nascida no Congo, Cecile Kyenge é primeira negra a ser ministra na Itália: Kyenge teve que suportar as críticas do vice-presidente do Senado, Roberto Calderoli, também da Liga Norte. (Provincia di Modena/Wikimedia)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2013 às 16h34.

Roma - Os ataques da Liga Norte contra a ministra italiana de origem africana Cecile Kyenge, titular da pasta da Integração, se repetiram nesta quinta-feira com um comentário do vice-secretário federal do órgão, Matteo Salvini, que qualificou o ministério de "ente inútil, custoso, uma fábrica de hipocrisia".

Salvini fez estas afirmações no Facebook, onde também disse que a federalista Liga Norte conseguirá a adesão de meio milhão de cidadãos para conseguir a convocação de um referendo destinado a abolir o Ministério de Integração.

Diante do novo ataque, Kyenge, de origem congolesa, não se assustou e replicou: "Seguramente em um momento como este o dinheiro gasto para um referendo para fazer desaparecer eu e o Ministério serviria para o próprio Ministério como um plano perfeito de integração de todos os cidadãos, não só os estrangeiros".

Kyenge teve que suportar as críticas do vice-presidente do Senado, Roberto Calderoli, também da Liga Norte. "Eu me consolo quando navego na internet e vejo as fotografias do governo. Amo os animais, os ursos e lobos, mas quando vejo as imagens de Kyenge não posso deixar de pensar, embora não digo que ela seja, nas feições de um orangotango", disse durante um ato em Treviglio.

Depois disso, um grupo de racistas se encorajou a jogar bananas para a ministra em uma festa do Partido Democrata (PD) na cidade de Cervia (no nordeste da Itália), em que se infiltraram alguns militantes do movimento de extrema direita Força Nova. 

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