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Militantes protegem embaixada dos EUA na Líbia

Grupo militante islâmico tem "protegido" um complexo residencial da embaixada dos EUA no país há cerca de uma semana


	Combatente islamita na entrada do aeroporto internacional de Trípoli, na Líbia
 (Mahmud Turkia/AFP)

Combatente islamita na entrada do aeroporto internacional de Trípoli, na Líbia (Mahmud Turkia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2014 às 15h36.

Tripoli - O grupo militante islâmico que controla a capital da Líbia tem "protegido" um complexo residencial da embaixada dos EUA no país há cerca de uma semana, depois que os funcionários norte-americanos foram retirados devido aos conflitos entre milícias, disse um dos comandantes da milícia neste domingo.

O Alvorecer da Líbia, braço das milícias islâmicas, convidou jornalistas a entrarem no complexo no domingo. Algumas janelas estavam quebradas, mas a maioria dos equipamentos parecia intacto.

Os jornalistas confirmaram que esteiras, comida, televisões e computadores permaneciam dentro da instalação.

O comandante do grupo, Moussa Abu-Zaqia, disse que as suas forças haviam entrado e tomado controle do complexo na semana passada, um dia depois de terem conquistado a capital e seu aeroporto internacional, que disputavam há semanas com militantes rivais.

Abu-Zaqia afirmou que a milícia rival estava na instalação antes de seus soldados assumirem o controle.

Um vídeo publicado neste domingo mostrava homens desarmados brincando em uma piscina do complexo e mergulhando de uma sacada do segundo andar.

Vozes na gravação identificam o local como sendo a instalação da embaixada norte-americana.

Em uma mensagem no Twitter, a embaixadora dos EUA na Líbia, Deborah Jones, confirmou que as imagens pareciam ter sido gravadas em um anexo residencial da embaixada, mas disse que não poderia "afirmar definitivamente", já que não estava na área.

"Pelo meu conhecimento e pelas fotos recentes, a embaixada dos EUA em Tripoli e o complexo estão sendo protegidos e não haviam sido saqueados", ela escreveu em sua publicação.

Autoridades do Departamento de Estado de Washington se recusaram a comentar as imagens.

Em 26 de julho, os diplomatas norte-americanos foram retirados da capital da Líbia para a vizinha Tunísia, sob escolta militar dos EUA, devido à intensificação dos conflitos entre milícias rivais.

Milhares de pessoas fugiram da cidade. Na época, o Departamento de Estado disse que as operações no país seriam suspensas até que a situação melhorasse.

Normalmente, as forças de segurança locais fornecem a segurança dos postos diplomáticos, mas o governo líbio tem confiado amplamente nas milícias para garantir a ordem desde de a derrubada do ditador Muamar Kadafi.

O Exército da Líbia e as policias locais continuam com poderes restritos.

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