Uma mulher torce pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, diante do hospital (Daniel Vides)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 12h38.
Buenos Aires - Dezenas de militantes mantêm nesta sexta-feira a vigília na frente do hospital onde se recupera a presidente argentina, Cristina Kirchner, após uma operação de câncer de tireoide, enquanto se especula sobre uma possível alta adiantada da governante.
Embora menor que na quarta-feira, quando Cristina passou pela intervenção cirúrgica, o acampamento dos seguidores da governante na frente do Hospital Austral, na cidade de Pilar, espera o terceiro boletim médico que será divulgado nas próximas horas pelo porta-voz presidencial, Alfredo Scoccimarro.
Por causa da intensa onda de calor que castiga o país, funcionários do Hospital Austral saem periodicamente na porta do centro de saúde para fornecer água aos seguidores de Cristina, que atenderam ao pedido de evitar canções para não incomodar os outros pacientes.
Apesar de a informação oficial ser de que Cristina Kirchner, de 58 anos, terá alta neste sábado, sua recuperação levantou as especulações sobre sua possível saída antecipada do Hospital Austral. A imprensa especula que a alta possa acontecer ainda nesta sexta-feira.
A Presidência argentina não esclareceu se após receber a alta médica Kirchner voltará à residência oficial de Oliveiras, nos arredores de Buenos Aires, ou viajará à vila turística de Calafate, na província sulina de Santa Cruz.
Cristina permanece desde quarta-feira no Hospital Austral, a cerca de 60 quilômetros da capital argentina, acompanhada por seus dois filhos, Máximo e Florencia, e seus familiares mais próximos.
A operação, uma tireoidectomia total por um carcinoma papilar, foi realizada sem complicações. A governante apresentou uma boa recuperação pós-operatória, começou a se alimentar e a caminhar e 'está de muito bom ânimo', segundo os relatórios médicos.
Durante a licença de Cristina, até o dia 24 de janeiro, o vice-presidente, Amado Boudou, exerce as tarefas da chefia de Governo.