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Milícia rebelde avança nos arredores de Áden, no Iêmen

Artilharia e foguetes atingiram a área ao redor da cidade depois de os Houthis terem feito um avanço do leste por uma rodovia costeira

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2015 às 11h54.

Áden - A milícia Houthi, aliada do Irã, avançou nos arredores a nordeste da cidade portuária de Áden, no Iêmen, nesta segunda-feira, em meio a confrontos violentos com as forças leais ao presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, disseram fontes dos dois lados do conflito.

Artilharia e foguetes atingiram a área ao redor da cidade, disseram os combatentes de Hadi, depois de os Houthis terem feito um avanço do leste por uma rodovia costeira.

Áden é o último reduto de Hadi no Iêmen e permanece cercada apesar do quinto dia de ataques aéreos liderados pelos sauditas para interromper os avanços dos Houthis.

Ao norte de Áden, moradores da cidade de Dhalea disseram que os milicianos, apoiados por unidades militares leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, atacaram oponentes com tanques e artilharia.

Cinco civis foram mortos em combates de rua violentos, afirmaram eles.

A Arábia Saudita, apoiada por aliados sunitas na região, lançou uma campanha aérea em apoio a Hadi depois que ele se retirou da capital no mês passado e seguiu para Áden. Ele deixou o Iêmen na quinta-feira para participar de uma reunião de cúpula árabe e não retornou.

O país mais pobre da Península Árabe já vivia uma situação caótica com um crescente movimento separatista no sul e uma campanha de drones norte-americanos, agora interrompida, contra a Al Qaeda no leste.

Com o poder crescente dos Houthis, parte de uma minoria xiita no Iêmen, o país se tornou a mais recente arena da disputa entre a Arábia Saudita e o Irã.

Os dois rivais da região estão de lados opostos no conflito sírio e no Líbano. Teerã, que dá armas às milícias xiitas no Iraque, nega a acusação saudita de que oferece apoio militar aos Houthis.

Na capital Sanaa, controlada pelos Houthis, jatos atacaram os arredores do palácio presidencial no início desta segunda-feira, assim como um depósito de armas.

“Foi uma noite infernal”, disse um diplomata do Iêmen.

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