Manifestantes tailandeses durante protesto: parlamento tailandês adotou na sexta-feira essa lei, que será examinada ainda pelo Senado (Christophe Archambault/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2013 às 10h02.
Bangcoc - Mais de 10.000 pessoas se manifestaram nesta segunda-feira, em Bangcoc, pelo quinto dia consecutivo, contra uma lei de anistia que, segundo eles, permitirá a volta ao país do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, acusado de corrupção.
O Parlamento tailandês adotou na sexta-feira essa lei, que será examinada ainda pelo Senado em 11 de novembro.
Os críticos temem que a lei absolverá todos os delitos vinculados a esta violência política, incluindo assassinatos de manifestantes desarmados.
O Parlamento a aprovou por 310 votos a favor, nenhum contra e quatro abstenções. O Partido Democrata, o principal da oposição, se negou a participar na votação que teve lugar depois de 20 horas de debate, afirmou Amnuay Khangpha, dirigente do partido no poder Puea Thai.
Apesar da votação, os democratas prometeram que não abandonarão sua luta contra a anistia.
Milhares de pessoas se manifestaram nesta segunda-feira contra o texto, pedindo que não haja anistia para o corruptos.
Os partidários de uma anistia de uma anistia geral acham que ela permitirá ao país partir do zero, depois de anos de movimentos de ruas de defensores ou detratores de Thaksin, derrubado por um golpe de Estado em 2006.
A sociedade continua muito dividida entre as zonas rurais e urbanas desfavorecidas do norte e nordeste do país, leais ao multimilionário, e as elites de Bangcoc, que o odeiam.
A violência desembocou na primavera de 2010 em uma das piores crises da Tailândia moderna.
Até 100.000 "camisas vermelhas" favoráveis a Thaksin ocuparam o centro de Bangcoc durante dois meses para reclamar a demissão do chefe do governo de então, Abhisit Vejjajiva, antes de serem desalojados pelo exército. Cerca de 90 pessoas morreram e 1.900 ficaram feridas.