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Milhares de pessoas passam a noite na rua em Lorca, na Espanha

Terremoto deixou mais de 10 mil desabrigados na cidade espanhola; 9 mortes foram confirmadas

Duas mulheres se abraçam em Lorca, na Espanha, após o terremoto (Pedro Armestre/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2011 às 14h34.

Lorca, Espanha - Os serviços de emergência instalaram nesta quinta-feira barracas para abrigar as milhares de pessoas que dormiram nas ruas em Lorca, sudeste da Espanha, enquanto limpam os escombros dos terremotos que provocaram a morte de nove pessoas e deixaram 130 feridos.

Entre os feridos, dois estão em situação grave, afirmou o prefeito de Lorca, Francisco Jóda. As autoridades acreditam que o número de vítimas não aumentará, já que não há registro de desaparecidos.

Mas entre 10 e 15 mil pessoas estão desabrigadas e passaram a noite ao relento em parques, praças e estacionamentos na cidade, por medo de novos tremores, deslizamentos e desabamentos.

Um terremoto foi registrado às 18h47 (13h47 de Brasília), horas depois de um primeiro tremor de magnitude 4,4 graus na escala Richter, que aconteceu às 15h05 (10h05 Brasília), no mesmo local, segundo o serviço sismológico espanhol.

"Quase ninguém dormiu em casa esta noite em Lorca", afirmou o prefeito que informou que os serviços de emergência "enviaram cobertores, água, alimentos e assistência médica e psicológica".

"A impotência e o medo de que o terremoto se repita se refletia nos rostos das pessoas nas ruas", segundo o prefeito.

Na manhã desta quinta-feira, com a falta de avisos de desaparecidos , os esforços estão concentrados na instalação de tendas para os desabrigados e na limpeza dos entulhos, afirmou o diretor da Unidade Militar de Emergências (UME), Luis Gestoso, pela televisão.

Segundo o governo espanhol, 800 soldados da UME e policiais trabalham nas áreas afetadas.

A TV pública informou que aproximadamente 20.000 prédios foram afetados na cidade porque o tremor aconteceu na superfície. Cerca de 80% das casas foram afetadas na cidade, de acordo com a prefeitura.

Os especialistas estão avaliando a segurança dos edifícios para informar quais não correm riscos e podem voltar a receber os moradores. Enquanto isso, os militares e a Cruz vermelha estão montando 370 tendas "para que as pessoas que precisam ficar fora de casa possam dormir da maneira mais confortável possível", acrescentou a prefeitura.

Além disso, a Cruz Vermelha distribuiu mais de 10 mil cobertores e 2 mil sacos de dormir.

O governo espanhol aprovará na sexta-feira uma ajuda à reconstrução, afirmou o primeiro-ministro espanhol José Luis Rodriguez Zapateiro. Ele acrescentou que "não vai medir esforços" para apoiar e reconstruir a cidade. Zapatero viaja à Lorca na sexta-feira.

Os partidos políticos da Espanha suspenderam nesta quinta-feira os comícios de campanha para as eleições de 22 de maio e o vice-presidente do governo espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, visitou a cidade.

Lorca, de 90 mil habitantes, está situada sobre uma falha tectônica. O sudeste da Espanha é uma das zonas sísmicas mais perigosas da península.

O terremoto causou danos também em cidades vizinhas na região da Andaluzia, ao sul.

Em fevereiro, o presidente da Associação de Geólogos, Luis Suárez, advertiu que a Espanha vive um momento de "muita atividade sísmica", um forte terremoto poderia ser registrado em um "futuro próximo".

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Lorca, Espanha - Os serviços de emergência instalaram nesta quinta-feira barracas para abrigar as milhares de pessoas que dormiram nas ruas em Lorca, sudeste da Espanha, enquanto limpam os escombros dos terremotos que provocaram a morte de nove pessoas e deixaram 130 feridos.

Entre os feridos, dois estão em situação grave, afirmou o prefeito de Lorca, Francisco Jóda. As autoridades acreditam que o número de vítimas não aumentará, já que não há registro de desaparecidos.

Mas entre 10 e 15 mil pessoas estão desabrigadas e passaram a noite ao relento em parques, praças e estacionamentos na cidade, por medo de novos tremores, deslizamentos e desabamentos.

Um terremoto foi registrado às 18h47 (13h47 de Brasília), horas depois de um primeiro tremor de magnitude 4,4 graus na escala Richter, que aconteceu às 15h05 (10h05 Brasília), no mesmo local, segundo o serviço sismológico espanhol.

"Quase ninguém dormiu em casa esta noite em Lorca", afirmou o prefeito que informou que os serviços de emergência "enviaram cobertores, água, alimentos e assistência médica e psicológica".

"A impotência e o medo de que o terremoto se repita se refletia nos rostos das pessoas nas ruas", segundo o prefeito.

Na manhã desta quinta-feira, com a falta de avisos de desaparecidos , os esforços estão concentrados na instalação de tendas para os desabrigados e na limpeza dos entulhos, afirmou o diretor da Unidade Militar de Emergências (UME), Luis Gestoso, pela televisão.

Segundo o governo espanhol, 800 soldados da UME e policiais trabalham nas áreas afetadas.

A TV pública informou que aproximadamente 20.000 prédios foram afetados na cidade porque o tremor aconteceu na superfície. Cerca de 80% das casas foram afetadas na cidade, de acordo com a prefeitura.

Os especialistas estão avaliando a segurança dos edifícios para informar quais não correm riscos e podem voltar a receber os moradores. Enquanto isso, os militares e a Cruz vermelha estão montando 370 tendas "para que as pessoas que precisam ficar fora de casa possam dormir da maneira mais confortável possível", acrescentou a prefeitura.

Além disso, a Cruz Vermelha distribuiu mais de 10 mil cobertores e 2 mil sacos de dormir.

O governo espanhol aprovará na sexta-feira uma ajuda à reconstrução, afirmou o primeiro-ministro espanhol José Luis Rodriguez Zapateiro. Ele acrescentou que "não vai medir esforços" para apoiar e reconstruir a cidade. Zapatero viaja à Lorca na sexta-feira.

Os partidos políticos da Espanha suspenderam nesta quinta-feira os comícios de campanha para as eleições de 22 de maio e o vice-presidente do governo espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, visitou a cidade.

Lorca, de 90 mil habitantes, está situada sobre uma falha tectônica. O sudeste da Espanha é uma das zonas sísmicas mais perigosas da península.

O terremoto causou danos também em cidades vizinhas na região da Andaluzia, ao sul.

Em fevereiro, o presidente da Associação de Geólogos, Luis Suárez, advertiu que a Espanha vive um momento de "muita atividade sísmica", um forte terremoto poderia ser registrado em um "futuro próximo".

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