Manifestantes pedem a queda do regime na Jordânia
Protestos chegam em um momento que as manifestações contra os aumentos dos preços ganham força no país
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 12h42.
Amã - Milhares de pessoas gritaram nesta sexta-feira nas ruas da capital da Jordânia o slogan da Primavera Árabe , "o povo quer a queda do regime", num momento que as manifestações contra os aumentos dos preços ganham força no país que até então estava livre da agitação no Oriente Médio.
A Irmandade Muçulmana, organização predominantemente urbana, se uniu aos protestos, na maioria rurais, que irromperam nos últimos dias, elevando a possibilidade de uma longa instabilidade no reino, que é um firme aliado dos Estados Unidos e tem uma extensa fronteira com Israel.
A manifestação desta sexta-feira perto da importante mesquita de Husseini, no centro de Amã, foi pacífica. Policiais desarmados separavam os participantes que criticavam o rei Abdullah de um pequeno grupo gritando slogans em apoio ao monarca.
"Saia Abdullah, saia", repetiam os cerca de 4 mil manifestantes enquanto a polícia, em parte com equipamentos antidistúrbios, permaneceu de modo geral distante da multidão.
Os protestos vem se tornando violentos em localidades pobres do reino desde quarta-feira, quando o governo impôs um aumento no preço do combustível. Jovens desempregados e outros manifestantes atacaram delegacias de polícia, fecharam estradas com a queima de carros e incendiaram prédios públicos.
Um manifestante foi morto na quinta-feira quando uma multidão tentava invadir uma delegacia de polícia na cidade de Irbid, no norte. As províncias pareciam estar mais calmas nesta sexta-feira.
A decisão da Irmandade Muçulmana de apoiar o protesto desta sexta significa que o movimento de oposição mais bem-organizado do país se une às manifestações, embora líderes da Irmandade não tenham tomado parte.
"O rei Abdullah deveria se inteirar da situação, revisando sua decisão de aumentar os preços. O povo da Jordânia não tem condições de suportar mais fardos", disse o líder da irmandade, xeque Hamam Said, em um comunicado antes dos protestos.
Uma situação de instabilidade na Jordânia viria num momento perigoso para a região, quando a guerra na Síria corre o risco de extravasar as fronteiras do país e Israel está bombardeando a Faixa de Gaza, governada por islamistas.
O slogan "o povo quer a queda do regime" emergiu como a principal palavra de ordem nas manifestações da Primavera Árabe que derrubaram autocratas da Tunísia ao Iêmen, e em muitos casos levou ao poder islamistas aliados à Irmandade.
Na Jordânia, um movimento de oposição formado por liberais e islamistas busca, geralmente, reformas, e não a derrubada do rei, de 50 anos, que está no poder desde 1999.
Aliado do Ocidente, o monarca é visto pela maioria dos jordanianos como um baluarte de estabilidade, equilibrando os interesses de tribos nativas com os dos jordanianos de origem palestina, que forma a maioria e estão cada vez mais assertivos.
Amã - Milhares de pessoas gritaram nesta sexta-feira nas ruas da capital da Jordânia o slogan da Primavera Árabe , "o povo quer a queda do regime", num momento que as manifestações contra os aumentos dos preços ganham força no país que até então estava livre da agitação no Oriente Médio.
A Irmandade Muçulmana, organização predominantemente urbana, se uniu aos protestos, na maioria rurais, que irromperam nos últimos dias, elevando a possibilidade de uma longa instabilidade no reino, que é um firme aliado dos Estados Unidos e tem uma extensa fronteira com Israel.
A manifestação desta sexta-feira perto da importante mesquita de Husseini, no centro de Amã, foi pacífica. Policiais desarmados separavam os participantes que criticavam o rei Abdullah de um pequeno grupo gritando slogans em apoio ao monarca.
"Saia Abdullah, saia", repetiam os cerca de 4 mil manifestantes enquanto a polícia, em parte com equipamentos antidistúrbios, permaneceu de modo geral distante da multidão.
Os protestos vem se tornando violentos em localidades pobres do reino desde quarta-feira, quando o governo impôs um aumento no preço do combustível. Jovens desempregados e outros manifestantes atacaram delegacias de polícia, fecharam estradas com a queima de carros e incendiaram prédios públicos.
Um manifestante foi morto na quinta-feira quando uma multidão tentava invadir uma delegacia de polícia na cidade de Irbid, no norte. As províncias pareciam estar mais calmas nesta sexta-feira.
A decisão da Irmandade Muçulmana de apoiar o protesto desta sexta significa que o movimento de oposição mais bem-organizado do país se une às manifestações, embora líderes da Irmandade não tenham tomado parte.
"O rei Abdullah deveria se inteirar da situação, revisando sua decisão de aumentar os preços. O povo da Jordânia não tem condições de suportar mais fardos", disse o líder da irmandade, xeque Hamam Said, em um comunicado antes dos protestos.
Uma situação de instabilidade na Jordânia viria num momento perigoso para a região, quando a guerra na Síria corre o risco de extravasar as fronteiras do país e Israel está bombardeando a Faixa de Gaza, governada por islamistas.
O slogan "o povo quer a queda do regime" emergiu como a principal palavra de ordem nas manifestações da Primavera Árabe que derrubaram autocratas da Tunísia ao Iêmen, e em muitos casos levou ao poder islamistas aliados à Irmandade.
Na Jordânia, um movimento de oposição formado por liberais e islamistas busca, geralmente, reformas, e não a derrubada do rei, de 50 anos, que está no poder desde 1999.
Aliado do Ocidente, o monarca é visto pela maioria dos jordanianos como um baluarte de estabilidade, equilibrando os interesses de tribos nativas com os dos jordanianos de origem palestina, que forma a maioria e estão cada vez mais assertivos.