Apoiadores da Irmandade Muçulmana ficam perto de tanques posicionados do lado de fora do palácio presidencial egípcio, no Cairo (REUTERS/Asmaa Waguih)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 19h24.
Cairo - Cerca de 3,5 mil pessoas invadiram nesta quinta-feira a sede principal da Irmandade Muçulmana, situada no planalto da Muqatam, no leste do Cairo, e destruíram vidraçarias e a mobília, informou a agência oficial egípcia ''Mena''.
Em seu site, a confraria qualificou de ''agressão terrorista'' o ataque, pelo qual o secretário-geral do grupo islamita, Mahmoud Hussein, responsabilizou o ministro do Interior, Ahmed Gamal.
Este ataque aconteceu apesar de o edifício estar fortemente protegido por forças de segurança, que, após a invasão, enfrentaram os grupos de manifestantes.
Além disso, outros grupos incendiaram o escritório do Partido Liberdade e Justiça (PLJ, braço político da Irmandade Muçulmana) no bairro de Zahara al Maadi, no sul da capital, e assaltaram a sede do PLJ, no bairro de Kit Kat.
Ontem, duas sedes da Irmandade Muçulmana nas cidades de Ismailiya e Suez foram incendiadas por manifestantes contrários ao presidente egípcio, Mohammed Mursi.
Estes ataques acontecem pouco depois que Mursi ofereceu hoje em discurso à nação a abertura de um diálogo nacional com a oposição no próximo sábado.