Michelle Obama é a esperança democrata?
Neste domingo, a ex-primeira-dama volta aos holofotes: ela participa de um fórum, onde discute as iniciativas que tomou na Casa Branca
EXAME Hoje
Publicado em 8 de setembro de 2017 às 07h40.
Última atualização em 8 de setembro de 2017 às 07h40.
Muitos democratas americanos têm o sonho de ver a ex-primeira dama Michelle Obama candidata à presidência em 2020. Neste domingo, ela volta aos holofotes: participa de um fórum, na cidade de Minneapolis, no estado do Minnesota, onde discute seu tempo como primeira dama e também as iniciativas que tomou na Casa Branca. Embora seja desejo de muitos, é improvável que Michelle diga qualquer coisa além do que já reiterou outras vezes: não irá concorrer.
O fórum é parte de uma série de conversas organizada pela sinagoga Beth El, que convida influentes personalidades desde 1998, como o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, o ex-secretário de Estado Colin Powell e a ex-senadora e candidata à presidência Hillary Clinton. Michelle saiu da Casa Branca com 68% de aprovação, mais do que os 58% do presidente Obama. No ano passado três comitês de campanha surgiram pedindo pela candidatura dela. Um deles, chamado de Ready for Michelle (Prontos para Michelle), chegou a fazer seu registro junto aos órgãos eleitorais.
Apesar dos desejos dos eleitores, Michelle já disse várias vezes que não é candidata e que irá retornar à vida civil — como está fazendo. O site de apostas PaddyPower dá a Michelle chances de 14 para 1, maiores do que as da filha do presidente Donald Trump, e do ex-governador da Flórida, Jeb Bush, que foi candidato em 2016. Quem encabeça as chances nas casas de aposta é o atual presidente Donald Trump, diante de um cenário incerto para os democratas.
O fato de uma ex-primeira dama muito popular, sem carreira ou pretensões políticas, ser uma das favoritas do eleitorado é mais um problema do que uma solução para o partido Democrata. Mesmo com as imposturas e polêmicas de Donald Trump, os democratas se veem totalmente encurralados. As eleições ainda estão há mais de 3 anos de distância. Até lá, Michelle vai ter que continuar negando sua candidatura muitas e muitas vezes.