México reitera a Trump disposição de trabalhar junto com os EUA
O presidente lembrou que "México e EUA são amigos, parceiros e aliados que devem seguir colaborando pela competitividade e o desenvolvimento da região"
EFE
Publicado em 9 de novembro de 2016 às 13h10.
Cidade do México - O presidente do México , Enrique Peña Nieto, parabenizou nesta quarta-feira os Estados Unidos pelas eleições realizadas ontem e reiterou ao presidente eleito, Donald Trump , sua disposição de "trabalhar junto" com o republicano.
"Parabenizo os EUA por seu processo eleitoral e reitero a @realDonaldTrump a disposição de trabalhar junto em favor da relação bilateral", indicou Peña Nieto por meio do Twitter.
Em uma série de mensagens consecutivas, o presidente lembrou que "México e EUA são amigos, parceiros e aliados que devem seguir colaborando pela competitividade e o desenvolvimento da região".
"Confio que México e EUA seguirão estreitando seus laços de cooperação e respeito mútuo", concluiu o líder.
Minutos depois, a secretária de Relações Exteriores do México, Claudia Ruiz Massieu, explicou em entrevista à emissora "Televisa" que Peña Nieto ligará para Trump em breve.
"Nas seguintes horas e dias, estaremos buscando uma comunicação entre as partes, como é costume essas circunstâncias. O objetivo é buscar o diálogo com a equipe de transição de Trump e chegar a uma nova oportunidade na relação bilateral", disse a chanceler.
A chefe da diplomacia mexicana disse que a vitória do empresário certamente irá mudar a relação entre os dois países, mas lembrou que Trump já não é mais candidato, sugerindo que pode haver mudança de postura do republicando quando chegar ao Salão Oval em 2017.
A chanceler afirmou que depois da polêmica visita de Trump ao México há algumas semanas, muito criticada pela opinião pública do país, o governo de Peña Nieto mantém contato com diferentes membros da campanha de Trump.
Ao lançar sua candidatura à presidência os EUA, o então pré-candidato republicano chamou os mexicanos de "estupradores" e "narcotraficantes", ameaçou construir um muro na fronteira entre os dois países e exigir que o México pague pela obra.
Além disso, Trump anunciou a deportação de milhares de imigrantes ilegais procedentes do país e o bloqueio das remessas enviadas pelos parentes desde os EUA.