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México não vai interferir em crises na Venezuela e Nicarágua, diz Ebrard

Futuro ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, disse que o país irá adotar uma política de "tirar as mãos" de outras nações

López Obrador, vencedor da eleição de 1º de julho com maioria esmagadora, irá tomar posse em 1º de dezembro (Alfredo Estrella/AFP)
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Reuters

Publicado em 9 de julho de 2018 às 22h07.

Cidade do México - O próximo governo do México , liderado pelo presidente eleito de esquerda Andrés Manuel López Obrador, não irá interferir nas questões internas de outras nações, como as afetadas por crises Venezuela e Nicarágua , disse nesta segunda-feira (09) o futuro ministro das Relações Exteriores do país.

O governo atual do México tomou a liderança em esforços regionais para pressionar o presidente socialista venezuelano, Nicolás Maduro, a restaurar a democracia no país sul-americano, e tem trabalhado de perto com os Estados Unidos para conter a imigração da América Central para a América do Norte.

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No entanto, o futuro ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, disse em entrevista de rádio nesta segunda-feira que o México agora irá adotar uma política de "tirar as mãos" de outras nações. López Obrador, vencedor da eleição de 1º de julho com maioria esmagadora, irá tomar posse em 1º de dezembro.

"O México irá seguir uma política externa respeitosa de não intervenção... e por ora não esperamos abandonar esta política", disse.

"Isto não significa que não estamos preocupados com a situação em um país ou outro, neste caso a Venezuela. Nós vamos analisar isto e ver como nós podemos ajudar a contribuir da melhor maneira."

Ebrard acrescentou que a política de não intervenção irá se estender à Nicarágua, que tem sido palco de confrontos entre o governo e manifestantes que já deixaram centenas de mortos.

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, estará no México na sexta-feira e irá se encontrar com López Obrador, disse Ebrard, em uma tentativa de construir uma relação de trabalho, que se tornou tensa pelos pedidos do presidente dos EUA, Donald Trump, por um muro na fronteira entre os dois países e ameaças de encerrar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio.

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