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Messi vai a tribunal para julgamento sobre fraude

O jogador, um dos quatro atletas mais ricos do planeta, já devolveu quase cinco milhões de euros ao fisco, correspondentes a sua suposta evasão e juros

Messi: o jogador, um dos quatro atletas mais ricos do planeta, já devolveu quase cinco milhões de euros ao fisco, correspondentes a sua suposta evasão e juros (Albert Gea / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 09h13.

O craque argentino Lionel Messi compareceu nesta quinta-feira a um tribunal de Barcelona para dar seu testemunho em um julgamento por fraude fiscal, poucos dias antes da estreia da Argentina na Copa América Centenário.

O jogador de 28 anos chegou ao tribunal ao lado de seu pai, Jorge Horacio, e do irmão Rodrigo, para responder às acusações sobre a suposta evasão de 4,16 milhões de euros em direitos de imagem.

O camisa 10 do Barcelona era aguardado na porta do tribunal por dezenas de jornalistas e curiosos.

Ao chegar, Messi foi aplaudido pela maioria dos curiosos, mas uma pessoa gritou "ladrão" e "vai jogar no Panamá".

A audiência começou poucos minutos depois, com o depoimento de analistas do fisco.

Depois de prestar depoimento, Messi retornará à concentração da Argentina, que estreia na segunda-feira na Copa América contra o Chile em Santa Clara (Califórnia, Estados Unidos).

A investigação judicial, iniciada em junho de 2013, não parece deixar dúvidas. Em 2005, a família de um Messi ainda adolescente, aconselhada por seu ex-assessor Rodolfo Schinocca, fundou uma empresa em Belize para o depósito do dinheiro relativo aos direitos de imagem do atleta.

Dois anos depois, a família rompeu relações com Schinocca, a quem acusaram de fraude, e substituíram a empresa em Belize por outra no Uruguai, onde seguiu recebendo os direitos de imagem, sem pagar os impostos à Fazenda espanhola.

O procurador considera que o jogador teria evadido 4,16 milhões de euros de contratos assinados com Danone, Adidas, Pepsi ou Procter&Gamble entre 2007 e 2009 por meio das empresas offshore.

Os advogados denunciaram uma pressão da agência tributária espanhola e tentam desvincular o atleta da gestão de sua fortuna.

O promotor que iniciou o processo em 2013 aceitou a versão de que Messi não lidava com as questões financeiras e pede apenas uma condenação contra seu pai, a quem atribui "um papel decisório e decisivo" no "mecanismo defraudador".

O jogador, um dos quatro atletas mais ricos do planeta segundo a revista Forbes, já devolveu quase cinco milhões de euros ao fisco, correspondentes a sua suposta evasão e juros. Mas ainda corre o risco, ao lado do pai, de pagar uma mula equivalente à fraude e a uma pena de 22 meses e meio de prisão.

Mas em caso de condenação, Messi e o pai dificilmente seriam detidos porque na Espanha as penas inferiores a dois anos não são aplicadas quando não existem antecedentes judiciais.

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O jogador de 28 anos chegou ao tribunal ao lado de seu pai, Jorge Horacio, e do irmão Rodrigo, para responder às acusações sobre a suposta evasão de 4,16 milhões de euros em direitos de imagem.

O camisa 10 do Barcelona era aguardado na porta do tribunal por dezenas de jornalistas e curiosos.

Ao chegar, Messi foi aplaudido pela maioria dos curiosos, mas uma pessoa gritou "ladrão" e "vai jogar no Panamá".

A audiência começou poucos minutos depois, com o depoimento de analistas do fisco.

Depois de prestar depoimento, Messi retornará à concentração da Argentina, que estreia na segunda-feira na Copa América contra o Chile em Santa Clara (Califórnia, Estados Unidos).

A investigação judicial, iniciada em junho de 2013, não parece deixar dúvidas. Em 2005, a família de um Messi ainda adolescente, aconselhada por seu ex-assessor Rodolfo Schinocca, fundou uma empresa em Belize para o depósito do dinheiro relativo aos direitos de imagem do atleta.

Dois anos depois, a família rompeu relações com Schinocca, a quem acusaram de fraude, e substituíram a empresa em Belize por outra no Uruguai, onde seguiu recebendo os direitos de imagem, sem pagar os impostos à Fazenda espanhola.

O procurador considera que o jogador teria evadido 4,16 milhões de euros de contratos assinados com Danone, Adidas, Pepsi ou Procter&Gamble entre 2007 e 2009 por meio das empresas offshore.

Os advogados denunciaram uma pressão da agência tributária espanhola e tentam desvincular o atleta da gestão de sua fortuna.

O promotor que iniciou o processo em 2013 aceitou a versão de que Messi não lidava com as questões financeiras e pede apenas uma condenação contra seu pai, a quem atribui "um papel decisório e decisivo" no "mecanismo defraudador".

O jogador, um dos quatro atletas mais ricos do planeta segundo a revista Forbes, já devolveu quase cinco milhões de euros ao fisco, correspondentes a sua suposta evasão e juros. Mas ainda corre o risco, ao lado do pai, de pagar uma mula equivalente à fraude e a uma pena de 22 meses e meio de prisão.

Mas em caso de condenação, Messi e o pai dificilmente seriam detidos porque na Espanha as penas inferiores a dois anos não são aplicadas quando não existem antecedentes judiciais.

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