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Merkel volta a defender envio de armas ao Iraque

Angela Merkel voltou a defender o envio de armamento aos curdos que lutam contra o Estado Islâmico no norte do Iraque

Angela Merkel, chanceler da Alemanha: Merkel cita o risco à estabilidade da região (Laurent Dubrule/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 13h29.

Berlim - A chanceler da Alemanha , Angela Merkel , voltou a defender nesta segunda-feira a decisão de enviar armamento aos curdos que lutam contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque, citando o risco à estabilidade da região e a ameaça à segurança do país.

"O sofrimento imenso de muita gente clama ao céu e nossos próprios interesses de segurança estão ameaçados", disse a chanceler na sessão extraordinária do Bundestag (câmara baixa), convocada especialmente para explicar a decisão adotada ontem por seu Executivo.

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Diante das críticas da oposição, Merkel ratificou a aposta de seu governo pela diplomacia, mas assegurou que "há situações nas quais somente os meios militares permitem que seja possível de novo uma saída política".

De acordo com Merkel, seu gabinete é consciente dos riscos que essa decisão implica, levando em consideração uma detalhada analise de todos os argumentos prós e contras.

"Estamos perante a disjuntiva de não correr riscos e assumir o aumento do terror na região ou apoiar aqueles que lutam valentemente contra o Estado Islâmico", manifestou a chanceler alemã.

"Poderíamos os deixar assumirem essa luta com a esperança de que detenham o terror sem a nossa ajuda? A resposta é não, essa não é nossa maneira de entender a responsabilidade internacional", acrescentou.

Após ter denunciado as "incríveis atrocidades" do EI, uma milícia que "aparta cruelmente de seu caminho tudo o que não coincide com sua visão de mundo", Merkel considerou que a Alemanha tem o dever de "salvar vidas e evitar mais genocídios".

"Temos agora a oportunidade de evitar que os terroristas contem com outro refúgio seguro. É uma oportunidade que devemos aproveitar", reiterou a chanceler, convencida que não atuar seria um ato de "irresponsável".

O conflito no norte do Iraque, segundo Merkel, ameaça desestabilizar os países vizinhos, como a Jordânia e a Turquia, e afetar toda a região, o que também põe em risco a segurança da Europa e da Alemanha.

Merkel insistiu que o envio de armas aos curdos do norte do Iraque se realiza com autorização do governo central de Bagdá e destacou que a Alemanha não tem interesse algum em impulsionar "forças centrífugas" no país.

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