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Merkel sofre críticas de aliados após fechar acordo de coalizão

Chanceler alemã, que lidera a União Social-Cristã, cedeu o importante Ministério de Finanças ao SPD em um acordo de coalizão alcançado na quarta-feira

Merkel: mudança no Ministério de Finanças mostra o alto preço que os conservadores precisaram pagar para renovar a "grande coalizão" (Axel Schmidt/Reuters)

Merkel: mudança no Ministério de Finanças mostra o alto preço que os conservadores precisaram pagar para renovar a "grande coalizão" (Axel Schmidt/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 08h20.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, enfrentou críticas de dentro do seu próprio partido conservador nesta quinta-feira por fazer concessões a seus parceiros de coalizão de centro-esquerda, o Partido Social-Democrata (SPD), para fechar uma aliança de governo.

Merkel, que lidera a União Social-Cristã (CDU), cedeu o importante Ministério de Finanças ao SPD em um acordo de coalizão finalmente alcançado na quarta-feira, mais de quatro meses depois de uma eleição nacional na qual os dois blocos perderam apoio.

"Eu acho que a formação do gabinete, como está agora, é um erro político", disse Christian von Stetten, um parlamentar da CDU que representa interesses do mercado, à emissora ARD, acrescentando que isso se aplica particularmente à entrega da pasta financeira.

A mudança no Ministério de Finanças mostra o alto preço que os conservadores precisaram pagar para renovar a "grande coalizão" com o SPD que tem governado a Alemanha desde 2013, e garantir o quarto mandato de Merkel no poder.

O jornal alemão Bild disse que Merkel se vendeu.

"Chanceler a qualquer custo", escreveu o Bild em sua primeira página. "Merkel dá o governo de presente ao SPD".

Sob o acordo de coalizão, o SPD manterá o controle dos ministérios de Relações Exteriores, Justiça e Trabalho, entre outros, além de ganhar a pasta das Finanças.

Julia Kloeckner, aliada de Merkel, defendeu o acordo.

"Nós mantivemos nossas principais promessas da campanha eleitoral", disse à emissora Bayerischer Rundfunk. "Para as famílias, há significativamente mais apoio. Nós vamos manter as finanças estáveis. Não haverá nenhuma nova dívida, mas também nenhum aumento de impostos".

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