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Merkel quer debater "urgência" de incêndios na Amazônia no G7

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente do Canadá, Justin Trudeau, também fizeram críticas às queimadas na Amazônia

Angela Merkel: de acordo com porta-voz da chanceler, "queimadas são assustadoras e ameaçadoras" (Axel Schmidt/Reuters)

Angela Merkel: de acordo com porta-voz da chanceler, "queimadas são assustadoras e ameaçadoras" (Axel Schmidt/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de agosto de 2019 às 09h42.

Última atualização em 23 de agosto de 2019 às 12h51.

São Paulo — Os incêndios na Amazônia constituem uma "situação urgente" que deve ser discutida durante a cúpula do G7 este final de semana, declarou nesta sexta-feira o porta-voz de Angela Merkel, apoiando uma solicitação do presidente francês Emmanuel Macron neste sentido.

"A chanceler está convencida que a questão deve constar na agenda dos países do G7 quando se reunirem este final de semana" em Biarritz, na França, declarou Steffen Seibert em Berlim.

Merkel "apoia completamente o presidente francês" neste ponto, acrescentou.

"A magnitude dos incêndios no território da Amazônia é assustadora e ameaçadora, não só para o Brasil e os outros países envolvidos, mas para todo o mundo", acrescentou Seibert.

Na quinta-feira, Macron comentou no Twitter os incêndios que devastam a maior floresta tropical do planeta, falando de "crise internacional" e convocando os países industrializados do G7 "para falar sobre essa emergência".

O presidente brasileiro acusou seu colega francês de ter "uma mentalidade colonialista" e de querer "instrumentalizar" o tema "para ganhos políticos pessoais".

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, já havia iniciado a salva de apelos em defesa da Amazônia, dizendo no Twitter estar "profundamente preocupado" com os incêndios.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou quase 2.500 novos incêndios em 48 horas em todo o Brasil.

Segundo o INPE, 75.336 incêndios florestais foram registrados no país de janeiro a 21 de agosto - 84% a mais que no mesmo período do ano passado - e mais de 52% dizem respeito à Amazônia.

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