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Merkel pede acordo para proteção de informações

Proposta vem após revelação de que Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos estava espionando aliados europeus dos EUA


	Chanceler alemã Angela Merkel quer maior controle sobre o fluxo de informações na Europa
 (Johannes Eisele/AFP)

Chanceler alemã Angela Merkel quer maior controle sobre o fluxo de informações na Europa (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2013 às 18h06.

Berlim - Chegou a hora de um acordo internacional sobre proteção de informações ser negociado, possivelmente incluindo o envolvimento das Nações Unidas, disse a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em entrevista para TV pública alemã ARD, neste domingo (14). Os comentários seguem-se as revelações de que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos estava espionando aliados europeus dos EUA, incluindo a Alemanha.

Antes de um acordo, os europeus devem, entretanto, também concordar com padrões de uso de dados pessoais e "sobre isso ainda não há um acordo", acrescentou Merkel.

Merkel destacou ser essencial que as companhias privadas também devem ter clareza sobre para quais empresas fornecem informações. "Desejamos que as empresas nos digam na Europa para quem fornecem dados", disse a chanceler. "Deveríamos também negociar internacionalmente um acordo", acrescentou.

Merkel afirmou também que seria interessante explorar a ideia de adicionar um protoloco ao capítulo sobre direitos humanos das Nações Unidas para essa área. "A Europa precisa falar com voz única", disse.

A chanceler alemã disse ainda que as autoridades norte-americanas asseguraram a seu governo que não houve espionagem sobre a atividade industrial alemã. O ministro do Interior da Alemanha, Hans-Peter Friedrich, voltou recentemente de uma viagem aos Estados Unidos para discutir as atividades de espionagem dos EUA.

No entanto, a viagem foi marcada por controvérsias já que membros da oposição alemã o acusaram de não ter sido duro o suficiente com os norte-americanos. Merkel deve buscar um terceiro mandato nas eleições de setembro, ampliando a importância do assunto. Fonte: Dow Jones Newswires.

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