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Merkel mostra compromisso com luta contra terrorismo

A chefe do governo alemão abriu seu comparecimento ao plenário do Bundestag, sobre o debate geral dos orçamentos federais de 2016

Angela Merkel: achanceler indicou que seu Executivo estuda "reforçar seu compromisso no Mali e prolongar sua missão no Afeganistão" (Fabrizio Bensch / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2015 às 10h26.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel , reiterou nesta quarta-feira sua solidariedade com a França , tanto em seu processo de luto como na luta contra o terrorismo após os atentados jihadistas de Paris que deixaram 130 mortos, e chamou a comunidade internacional a expressar uma "clara rejeição à brutalidade".

A chefe do governo alemão abriu seu comparecimento ao plenário do Bundestag, sobre o debate geral dos orçamentos federais de 2016, lembrando todas a vítimas dos recentes atentados, não só os de Paris, e ressaltou a necessidade de "atuar conjuntamente" contra o terrorismo.

Merkel afirmou que o governo analisará essa possibilidade quando "for necessário mais compromisso militar alemão", e que o governo a "não descarta de antemão", em uma indireta às reservas alemãs de enviar soldados a conflitos no exterior. Ela também afirmou que será com este espírito que receberá hoje à tarde o presidente francês, François Hollande.

A chanceler indicou que seu Executivo estuda "reforçar seu compromisso no Mali e prolongar sua missão no Afeganistão", dentro da luta contra o terrorismo global, além de reforçar a instrução das forças curdas "peshmergas" no Iraque.

A ministra de Defesa, Ursula von der Leyen, tinha anunciado pouco antes a intenção de Berlim de mandar até 650 soldados ao Mali para aliviar a França de suas tarefas de estabilização do país africano, para que possa se concentrar na luta contra o Estado Islâmico (EI) na Síria.

Merkel assinalou que a ameaça terrorista também é "elevada" na Alemanha, e destacou a necessidade de o país "estar alerta e ser capaz de se defender", e que por isso está reforçando suas forças de segurança em nível técnico e de pessoal, assim como seus serviços de inteligência.

A resposta mais contundente para os terroristas, afirmou Merkel, é "continuar vivendo nossas vidas e nossos valores como fazíamos até agora: de forma consciente e livre, humanamente e com compromisso".

"Nossa Europa livre é mais forte que qualquer tipo de terrorismo", afirmou.

A chanceler lembrou que exatamente o terrorismo é uma das causas que levam as pessoas a fugirem e a buscarem proteção em terceiros países, e neste sentido apelou à solidariedade europeia.

"A imagem da Europa neste momento é melhorável", declarou Merkel, que voltou a defender fixar "contingentes legais" de refugiados para uma distribuição equitativa de solicitantes de asilo na Europa.

A chefe do Executivo defendeu sua política de asilo ressaltando que "se isolar não resolve o problema", e assinalou que, para enfrentar esta tarefa, são necessárias "força, paciência e insistência".

O objetivo, acrescentou, é legalizar o fluxo ilegal do refugiados, para o que é preciso acabar com os traficantes de pessoas, assim como reduzir o número de refugiados que chegam ao país.

Ela também ressaltou a necessidade de integrar o mais rápido possível os solicitantes de asilo com direito a permanecer no país e defendeu, no caso particular dos refugiados sírios, a abrir uma perspectiva de volta a seu país de origem.

Ao mesmo tempo, Merkel se mostrou convencida de o aprendizado que os regfugiados tiverem na Alemanha poderá ser aplicado em qualquer lugar, seja ali mesmo para os que optarem em ficar, assim como os que decidirem voltar para uma Síria em paz.

Nesse sentido, Merkel pediu que a comunidade internacional evite uma nova escalada do conflito na Síria, depois da derrubada ontem de um caça-bombardeiro russo pela Força Aérea da Turquia.

Ela ressaltou que, para a Síria, só pode haver uma "solução política", e pediu a todos os países envolvidos nas conversas recém iniciadas com este objetivo em Viena - entre eles Rússia e Turquia - que trabalhem de forma "construtiva".

"Existem ideias para um processo político de transição", disse a chanceler, que apesar disso lembrou da "dificuldade de reunir ao redor da mesma mesa" os diversos atores da Síria.

"Mas não há outro caminho que nos aproxime mais de uma solução duradoura", afirmou a chanceler, ao desejar sucesso a todas as partes envolvidas nesta tarefa.

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Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel , reiterou nesta quarta-feira sua solidariedade com a França , tanto em seu processo de luto como na luta contra o terrorismo após os atentados jihadistas de Paris que deixaram 130 mortos, e chamou a comunidade internacional a expressar uma "clara rejeição à brutalidade".

A chefe do governo alemão abriu seu comparecimento ao plenário do Bundestag, sobre o debate geral dos orçamentos federais de 2016, lembrando todas a vítimas dos recentes atentados, não só os de Paris, e ressaltou a necessidade de "atuar conjuntamente" contra o terrorismo.

Merkel afirmou que o governo analisará essa possibilidade quando "for necessário mais compromisso militar alemão", e que o governo a "não descarta de antemão", em uma indireta às reservas alemãs de enviar soldados a conflitos no exterior. Ela também afirmou que será com este espírito que receberá hoje à tarde o presidente francês, François Hollande.

A chanceler indicou que seu Executivo estuda "reforçar seu compromisso no Mali e prolongar sua missão no Afeganistão", dentro da luta contra o terrorismo global, além de reforçar a instrução das forças curdas "peshmergas" no Iraque.

A ministra de Defesa, Ursula von der Leyen, tinha anunciado pouco antes a intenção de Berlim de mandar até 650 soldados ao Mali para aliviar a França de suas tarefas de estabilização do país africano, para que possa se concentrar na luta contra o Estado Islâmico (EI) na Síria.

Merkel assinalou que a ameaça terrorista também é "elevada" na Alemanha, e destacou a necessidade de o país "estar alerta e ser capaz de se defender", e que por isso está reforçando suas forças de segurança em nível técnico e de pessoal, assim como seus serviços de inteligência.

A resposta mais contundente para os terroristas, afirmou Merkel, é "continuar vivendo nossas vidas e nossos valores como fazíamos até agora: de forma consciente e livre, humanamente e com compromisso".

"Nossa Europa livre é mais forte que qualquer tipo de terrorismo", afirmou.

A chanceler lembrou que exatamente o terrorismo é uma das causas que levam as pessoas a fugirem e a buscarem proteção em terceiros países, e neste sentido apelou à solidariedade europeia.

"A imagem da Europa neste momento é melhorável", declarou Merkel, que voltou a defender fixar "contingentes legais" de refugiados para uma distribuição equitativa de solicitantes de asilo na Europa.

A chefe do Executivo defendeu sua política de asilo ressaltando que "se isolar não resolve o problema", e assinalou que, para enfrentar esta tarefa, são necessárias "força, paciência e insistência".

O objetivo, acrescentou, é legalizar o fluxo ilegal do refugiados, para o que é preciso acabar com os traficantes de pessoas, assim como reduzir o número de refugiados que chegam ao país.

Ela também ressaltou a necessidade de integrar o mais rápido possível os solicitantes de asilo com direito a permanecer no país e defendeu, no caso particular dos refugiados sírios, a abrir uma perspectiva de volta a seu país de origem.

Ao mesmo tempo, Merkel se mostrou convencida de o aprendizado que os regfugiados tiverem na Alemanha poderá ser aplicado em qualquer lugar, seja ali mesmo para os que optarem em ficar, assim como os que decidirem voltar para uma Síria em paz.

Nesse sentido, Merkel pediu que a comunidade internacional evite uma nova escalada do conflito na Síria, depois da derrubada ontem de um caça-bombardeiro russo pela Força Aérea da Turquia.

Ela ressaltou que, para a Síria, só pode haver uma "solução política", e pediu a todos os países envolvidos nas conversas recém iniciadas com este objetivo em Viena - entre eles Rússia e Turquia - que trabalhem de forma "construtiva".

"Existem ideias para um processo político de transição", disse a chanceler, que apesar disso lembrou da "dificuldade de reunir ao redor da mesma mesa" os diversos atores da Síria.

"Mas não há outro caminho que nos aproxime mais de uma solução duradoura", afirmou a chanceler, ao desejar sucesso a todas as partes envolvidas nesta tarefa.

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