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Merkel confia que presidente alemão explicará escândalo

Christian Wulff sofre forte pressões para deixar o cargo após ter sido acusado de intimidar a imprensa

Segundo o jornal Bild, em 2008, Wulff foi favorecido em um empréstimo de 500 mil euros de um amigo, que posteriormente liquidou em condições favoráveis com um banco público (Wolfgang Kumm/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2012 às 10h07.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, expressou nesta quarta-feira sua confiança de que o presidente do país, Christian Wulff, responda a todas as questões sobre o escândalo por suposto favoritismo e intimidações à imprensa, o que segundo veículos de comunicação locais acontecerá nesta quarta-feira.

O vice-porta-voz do Governo, Georg Streiter, afirmou que Merkel continua 'apreciando' o trabalho de Wulff, envolvido em fortes pressões desde que foi revelada a aceitação de um empréstimo controverso em condições vantajosas, em meados de dezembro.

O porta-voz fez esta declaração depois que a imprensa alemã divulgou que o próprio Wulff, da União Democrata-Cristã (CDU), presidida por Merkel, deve conceder uma entrevista nesta quarta-feira, provavelmente à noite, a duas redes nacionais da televisão pública, 'ARD' e 'ZDF'.

Ao que parece, o presidente não tem intenção de renunciar, mas é pressionado por seus próprios partidários para que explique tudo relacionado tanto com o crédito como com as supostas intimidações ao grupo Springer, editor do diário 'Bild', que divulgou o controverso empréstimo.

Em Berlim e Hannover foram feitas várias denúncias contra Wulff relacionadas com o empréstimo e as pressões à imprensa.


O caso de suposta intimidação foi divulgado por informações do jornal 'Süddeutsche Zeitung', e posteriormente a redação de 'Bild' confirmou que Wulff chamou seu diretor, Kai Dieckmann, e o chefe do grupo editorial Springer, Mathias Döpfner, para tentar impedir a publicação da primeira notícia sobre o empréstimo.

O 'Bild' informou no dia 13 de dezembro que Wulff recebeu em 2008, quando era chefe do Governo da Baixa Saxônia, um empréstimo de 500 mil euros de um amigo, que posteriormente liquidou em condições favoráveis com outro crédito de um banco público.

Essas primeiras informações sobre o empréstimo foram seguidas por uma série de revelações sobre as férias do político, a convite de homens de negócios locais, assim como outros casos de suposto favoritismo.

Finalmente, dois dias antes do Natal e no meio de fortes pressões, Wulff compareceu perante a imprensa para pedir desculpas por não ter 'procedido com retidão' sobre a questão do crédito ao não ter informado sobre ele quando foi solicitado, em 2009, pela câmara regional da Baixa Saxônia.

Wulff chegou à Presidência em junho de 2010 após a renúncia de Horst Köhler por declarações relacionando a missão no Afeganistão com os interesses econômicos alemães.

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O vice-porta-voz do Governo, Georg Streiter, afirmou que Merkel continua 'apreciando' o trabalho de Wulff, envolvido em fortes pressões desde que foi revelada a aceitação de um empréstimo controverso em condições vantajosas, em meados de dezembro.

O porta-voz fez esta declaração depois que a imprensa alemã divulgou que o próprio Wulff, da União Democrata-Cristã (CDU), presidida por Merkel, deve conceder uma entrevista nesta quarta-feira, provavelmente à noite, a duas redes nacionais da televisão pública, 'ARD' e 'ZDF'.

Ao que parece, o presidente não tem intenção de renunciar, mas é pressionado por seus próprios partidários para que explique tudo relacionado tanto com o crédito como com as supostas intimidações ao grupo Springer, editor do diário 'Bild', que divulgou o controverso empréstimo.

Em Berlim e Hannover foram feitas várias denúncias contra Wulff relacionadas com o empréstimo e as pressões à imprensa.


O caso de suposta intimidação foi divulgado por informações do jornal 'Süddeutsche Zeitung', e posteriormente a redação de 'Bild' confirmou que Wulff chamou seu diretor, Kai Dieckmann, e o chefe do grupo editorial Springer, Mathias Döpfner, para tentar impedir a publicação da primeira notícia sobre o empréstimo.

O 'Bild' informou no dia 13 de dezembro que Wulff recebeu em 2008, quando era chefe do Governo da Baixa Saxônia, um empréstimo de 500 mil euros de um amigo, que posteriormente liquidou em condições favoráveis com outro crédito de um banco público.

Essas primeiras informações sobre o empréstimo foram seguidas por uma série de revelações sobre as férias do político, a convite de homens de negócios locais, assim como outros casos de suposto favoritismo.

Finalmente, dois dias antes do Natal e no meio de fortes pressões, Wulff compareceu perante a imprensa para pedir desculpas por não ter 'procedido com retidão' sobre a questão do crédito ao não ter informado sobre ele quando foi solicitado, em 2009, pela câmara regional da Baixa Saxônia.

Wulff chegou à Presidência em junho de 2010 após a renúncia de Horst Köhler por declarações relacionando a missão no Afeganistão com os interesses econômicos alemães.

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