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Merkel adverte que crise da dívida ameaça recuperação econômica

Chanceler alemã ressalta que a economia alemã só pode caminhar bem se o mesmo ocorrer com os demais sócios

Merkel foi alvo de críticas por parte do eleitorado alemão por sua aprovação aos bilhões de euros em créditos para Grécia, Irlanda e Portugal (John Macdougall/AFP)

Merkel foi alvo de críticas por parte do eleitorado alemão por sua aprovação aos bilhões de euros em créditos para Grécia, Irlanda e Portugal (John Macdougall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2011 às 14h31.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, advertiu neste sábado (11) que a crise da dívida e orçamentária que afeta vários países da zona do euro ameaça a recuperação econômica, não só da Alemanha, mas da União Europeia como um todo.

"Se não atuarmos corretamente poderia afetar, mas isso é precisamente o que estamos tentando evitar", afirmou Merkel em sua tradicional vídeomensagem de sábado publicada no site da Chancelaria federal.

Após lembrar que 60% das exportações alemãs são destinadas aos países europeus, Merkel ressalta que a economia alemã só pode caminhar bem se o mesmo ocorrer com os demais sócios.

Ela defende as vantagens do euro como moeda única e classifica de "correto a defesa do euro como divisa forte".

"Devemos evitar tudo aquilo que ameace a recuperação econômica no mundo e com isso a da Alemanha", diz a chanceler, quem lembra que a crise gerada pela quebra do banco americano Lehman Brothers levou o Produto Interno Bruto do país a retroceder 5% em 2009.

Com relação aos projetos de lei que atualmente estão em debate no Bundestag (Parlamento alemão) para uma mudança radical da política energética na Alemanha, Merkel destaca que ninguém no exterior deve preocupar-se com essa iniciativa.

Sobre o anúncio do fim da energia nuclear até 2022 na Alemanha, ela aponta que sob o Governo social-democrata-verde de Gerhard Schröder um passo semelhante foi dado, embora não tenha sido desenvolvido um conceito energético global como a atual.

"Agora anunciamos o blecaute (nuclear), mas ao mesmo tempo dissemos de que maneira vamos mudar e apostar em outras energias", explica a líder democrata-cristã alemã, quem ressalta que a Alemanha produzirá tanta energia quanto necessita.

"Também nos responsabilizaremos pela estabilidade da rede (elétrica) europeia. Se conversamos com outros países eles vão entender rapidamente de que a Alemanha cumpre neste campo com seus compromissos", conclui Merkel.

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